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Baixada Santista cresce com reservas de petróleo e gás natural, diz Seade

10:00 | 07/01/2015
Estudo da Fundação Seade revela que as recentes descobertas de reservas de petróleo e gás natural na Bacia de Santos têm efeitos econômicos sobre a estrutura produtiva do Estado de São Paulo, principalmente na Região Metropolitana da Baixada Santista. O Estado tornou-se, em 2013, o terceiro maior produtor nacional de petróleo e gás natural.

O Indicador de Atividade Econômica da Região Metropolitana da Baixada Santista (Indec Baixada Santista) mediu, mensalmente, o nível de atividade econômica regional, abordando dados da agropecuária, indústria e serviços de janeiro de 2002 a março de 2014.

Até 2008, o Estado de São Paulo e a Baixada Santista apresentaram taxas de crescimento semelhantes, com pico em julho, de 9,8% e 8%, respectivamente. Nos meses seguintes, no entanto, houve redução do nível de atividade econômica devido ao impacto da crise econômica mundial sobre o Brasil. Segundo o estudo, com base em dados da Secretaria da Fazenda, ocorreu uma forte redução da atividade industrial do pólo siderúrgico-petroquímico de Cubatão.

Em 2009, a região da Baixada Santista começou a mostrar recuperação e, de 2010 a 2013, ocorreu uma forte aceleração da taxa de expansão regional na comparação com o Estado. Em 2012, a região evoluiu 12,6%, enquanto o Estado teve alta de 1,6%.

"Tal recuperação pode ser explicada, por um lado, pelas medidas de estímulo à atividade econômica adotadas em fins de 2008, que contribuíram para a retomada da economia brasileira, e, por outro, pela expansão da indústria extrativa de petróleo e gás natural na Bacia de Santos", destaca o indicador, presente no boletim 1ª Análise nº 20, da Fundação Seade.

Para justificar a expansão dos níveis de atividade econômica, a Fundação utiliza dados do Indicador Econômico da Indústria Extrativa de Petróleo e Gás Natural, de março de 2010 a março de 2012.

Em 2010, o ritmo de crescimento da extração de petróleo e gás natural foi de 443,8%. Neste período, tiveram início a produção de novos campos na Bacia de Santos, tanto no pré-sal como do pós-sal. Até 2009, só havia produção de petróleo e gás natural no campo de Merluza. No final daquele ano, iniciou-se a produção no campo de Lagosta, primeiramente como TLD e depois em caráter definitivo. Em 2010, entrou em operação definitiva o campo de Baúna, em 2011, o de Mexilhão e, em 2012, o de Piracaba.

"Com o rápido aumento de produção dos últimos anos, em 2013 São Paulo passou a ser o terceiro maior estado produtor de petróleo e gás natural do País", revelou o estudo.

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