O número de consumidores da capital cearense cresceu 0,2% em janeiro na comparação com dezembro de 2014. O aumento revela que 66,7% dos consumidores de Fortaleza possuem algum tipo de dívida. Os dados são da pesquisa sobre Endividamento do Consumidor de Fortaleza, divulgada pela Federação do Comércio do Estado do Ceará (Fecomércio-CE) nesta terça-feira, 20.

Os problemas financeiros afetam mais as mulheres, 18,1% afirmam possuir contas em atraso, o grupo com idade entre 25 e 34 anos e com renda familiar entre cinco e dez salários mínimos.

A principal justificativa da maioria (68,4%) dos entrevistados é o desequilibrio financeiro, a diferença entre a renda e os gastos correntes.

Os instrumentos de crédito mais utilizados pelos consumidores são: cartões de crédito, citados por 81,7% dos entrevistados; o financiamento bancário (veículos, imóveis etc.), com 15,4%; os empréstimos pessoais (7,0%) e os carnês e crediários, com 5,9%. Vestuário e Alimentação foram os itens mais adquiridos com o crédito.

O valor médio das dívidas é estimado em R$ 1.246 e prazo médio de sete meses, comprometendo 26,3% da renda familiar dos consumidores com o seu pagamento.

Com o crescimento do endividamento a taxa de inadimplência potencial, ou seja, a proporção de consumidores que não terão condições financeiras para honrar seus compromissos, teve aumento de 0,1 ponto percentual, passando de 5,8%, em dezembro, para 5,9%, neste mês.