FGV vê preços no atacado sem grandes altas
13:40 | Set. 05, 2014
Os insumos industriais, por exemplo, puxam o índice para baixo. Os materiais para manufatura tiveram deflação de 0,37% em agosto. "São produtos que não têm espaço para aumentos, uma vez que a indústria brasileira está em marcha lenta e a demanda mundial por insumos está em banho-maria", afirmou Quadros.
Apesar de já estar num nível baixo, o preço da soja no atacado deve se manter estável, sem expectativa de grandes aumentos dos preços nos próximos meses, segundo Quadros. "O preço já chegou a um nível muito baixo por uma sucessão de fatos positivos para a produção, mas não se espera uma subida nos próximos meses".
Um dos indicativos de que o preço está baixo, diz, é que começa a ter uma preocupação dos produtores em relação a safra seguinte, que será plantada neste mês e no seguinte, com colheita a partir de fevereiro. Em agosto, a soja ficou 0,26% mais cara no atacado, após queda de 5,60% no mês anterior. No caso do milho, outro importante item agrícola, houve deflação de 1,76% no mês passado e de 10,05% em julho.
Já os bovinos tiveram elevação de 1,46% em agosto, após ficarem 0,54% mais baratos em julho. O aumento é resultado do período de entressafra em agosto e setembro, com o gado engordando menos no período. Há ainda uma expectativa de mais subida nos preços diante da notícia de que a Rússia pode passar a demandar mais matéria-prima brasileira, em resposta aos embargos impostos por países da União Europeia e Estados Unidos.