FGV: volatilidade da indústria pode ter afetado varejo
Botelho exemplificou essa volatilidade citando os setores de outros artigos de uso pessoal e doméstico, que cresceram 3,9% em julho, mas haviam recuado 1,1% em junho e 0,7% em maio. Da mesma forma, os setores de equipamentos de escritório e comunicação avançaram 3,5% em julho, porém caíram 1% em junho e 2% em maio.
"O resultado de julho provavelmente também está devolvendo quedas expressivas dos setores nos períodos anteriores", afirmou ele. "O aumento da volatilidade observado na produção industrial pode estar começando a ser visto também nos dados da pesquisa de comércio. Parece ser um aumento da volatilidade, por isso ninguém tem explicação para o resultado", acrescentou.
O economista classificou julho como "ponto fora da curva" e disse que a alta expressiva não deve ter continuidade em agosto, embora ele ainda aguarde alguns indicadores para fazer uma estimativa. Botelho afirmou também que o resultado não ameniza o pessimismo com o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, para o qual prevê queda de 0,4%.