A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, chegou na quarta-feira, 4, em São Petersburgo, na Rússia, onde participará da 8ª Cúpula do G-20, grupo de países que reúne as maiores economias mundiais. No desembarque, Cristina disse que vai levantar na cúpula o tema dívida pública e fundos de investimentos especulativos.

A Argentina mantém uma pendência legal nos tribunais de Nova York contra fundos que reclamam o pagamento de US$ 1,4 bilhão em bônus que não entraram na reestruturação da dívida proposta pelo governo argentino.

Cristina manterá reuniões bilaterais com seus colegas da Rússia, da China, da Índia, da África do Sul e do Japão. Não há previsão de um encontro com a presidente Dilma Rousseff, embora o Brasil seja o principal sócio da Argentina. A agenda foi divulgada pela própria Cristina, a bordo do Tango 01, o avião presidencial, pelo Twitter. Além dos encontros presidenciais, Cristina vai se reunir com o brasileiro Roberto Azevêdo, diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Na quarta-feira, 4, a Argentina foi alvo de novas queixas da Comissão Europeia, que divulgou relatório contra as barreiras às importações, recordando que "os países do G-20 assumiram o compromisso de lutar contra o protecionismo". No documento, os europeus alertaram que os países emergentes, entre eles, Argentina, Brasil, Índia, Indonésia, Rússia, China, África do Sul e Ucrânia, "continuam aplicando o maior número de potenciais medidas restritivas para o comércio". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.