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EPL: atraso em concessões se deve a projeto malfeito

12:05 | 05/08/2013
O presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, justificou nesta segunda-feira os atrasos nas concessões de infraestrutura a projetos mal realizados e que precisaram ser refeitos para que as licitações avançassem. "O problema não é de modelo de concessões, o problema é quando o projeto está malfeito", disse, no 12.º Congresso Brasileiro de Agronegócio - Logística e Infraestrutura - O Caminho da Competitividade do Agronegócio.

Ao responder comentários dos economistas Alexandre Schwartsman e Yoshiaki Nakano, Figueiredo citou a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol). De acordo com Figueiredo, o empreendimento começou a ser construído com projeto ruim e com dificuldades de licenciamento ambiental. "Isso só foi descoberto depois que houve dedicação em terminar a ferrovia", afirmou.

Trem-bala

O presidente da EPL disse que trabalha com o cronograma atual do trem-bala, com o leilão marcado para 19 de setembro. Figueiredo afirmou que a decisão de adiar ou não a licitação do empreendimento é política, mas que até o momento não recebeu qualquer orientação do Ministério dos Transportes sobre postergar o processo.

"O ministro dos Transportes (César Borges) não deu nenhuma orientação no sentido de adiar o leilão do trem-bala. Então, trabalhamos com o cronograma atual", afirmou, após a palestra. O presidente da estatal afirmou ainda que preocupa o fato de a empresa espanhola Renfe poder ser impedida de entrar no leilão por conta de recente acidente na Europa, com vítimas que morreram.

Figueiredo, no entanto, afirmou que a Renfe não está automaticamente desclassificada porque os argumentos ainda precisam ser analisados. A empresa alega que o trem do acidente que aconteceu em julho, na Espanha, trafegava por um sistema que não é de alta velocidade. Ainda segundo Figueiredo, nem as suspeitas de cartel em licitações de mobilidade urbana atrapalham o trem de alta velocidade (TAV). Ele afirmou que o caso não pode ser relacionado com o leilão. "O processo de cartel não será julgado nos próximos 12 meses, então ele não pode ser relacionado com o projeto do trem-bala", disse.

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