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Tesouro: dividendos e concessões garantem superávit

15:45 | 26/07/2013
As contas do Governo Central - que reúne Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central - teriam apresentado um déficit primário em junho não fossem as receitas de dividendos e com concessões. Os recursos juntos somaram R$ 5,159 bilhões, enquanto o superávit primário foi de apenas R$ 1,274 bilhão, conforme balanço divulgado pelo Tesouro na tarde desta sexta-feira, 26.

No mês passado, as receitas com dividendos foram de R$ 3,791 bilhões, 31% acima de em maio deste ano. O valor obtido com concessões alcançou R$ 1,367 bilhão, aumento de 23,9% em relação a maio. O Tesouro informou que parte significativa das receitas de concessão é referente ao pagamento do leilão de 4G ocorrido em junho do ano passado.

No acumulado do primeiro semestre, os dividendos recebidos somam R$ 7,695 bilhões, queda de 3,3% em relação aos seis primeiros meses de 2012. Nas concessões, o valor chegou a R$ 2,793 bilhões, 247,2% a mais que no mesmo período do ano passado.

O Banco Nacional de Desenvolvimento, Econômico e Social (BNDES) transferiu para o Tesouro Nacional R$ 4,076 bilhões em dividendos no primeiro semestre. Há um ano, foram R$ 3,5 bilhões. O Banco do Brasil pagou R$ 1,317 bilhão, ante R$ 1,288 bilhão nos primeiros seis meses de 2012. A Caixa transferiu R$ 1,2 bilhão em 2013 enquanto, de janeiro a junho do ano passado, não houve pagamento de dividendos. Por outro lado, a Petrobras reduziu o pagamento de R$ 1,886 bilhão no primeiro semestre de 2012 para R$ 502 milhões nos primeiros seis meses de 2013. A Eletrobras também reduziu de R$ 725 milhões para R$ 18,4 milhões os dividendos desembolsados no período.

Investimentos

O ritmo de expansão dos investimentos do governo federal voltou a cair em junho, pelo segundo mês consecutivo. No acumulado do primeiro semestre, o total investido chegou a R$ 33,2 bilhões, alta de apenas 1% sobre o mesmo período do ano passado. Até maio, o crescimento era de 2,3% e, até abril, a diferença chegava a 8,8%.

Considerando apenas o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que pode ser abatido da meta de superávit primário -, os investimentos do governo nessa rubrica somaram R$ 22,7 bilhões até junho, com alta de 7% em relação ao primeiro semestre de 2012.

Receitas

As receitas do Governo Central cresceram apenas 7,5% no primeiro semestre frente um ano atrás, enquanto as despesas avançaram 12,9% no mesmo comparativo. As receitas aumentaram R$ 39,1 bilhões e as despesas chegaram a R$ 48,8 bilhões. Segundo o Tesouro, subiram em R$ 21,3 bilhões os gastos com custeio e investimento e R$ 20,3 bilhões nas despesas da Previdência Social.

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