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Para Holland, 'é natural' o rebaixamento da S&P

20:47 | 06/06/2013
O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, avaliou que a decisão da Standard & Poor's (S&P) de rebaixar a perspectiva do rating de longo prazo em moeda estrangeira BBB do Brasil será revista, em razão do cenário positivo de crescimento da economia. Em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o secretário destacou que a mudança não altera o rating do País, mas apenas a perspectiva da nota. "O nosso rating continua o mesmo". Segundo ele, é natural essas mudanças na perspectiva da nota em função dos ciclos da economia. "Aconteceu até com os Estados Unidos", afirmou. "É natural", insistiu.

Ele frisou dois pontos do relatório da S&P: crescimento e política fiscal. Segundo Holland, o Brasil tem tido um crescimento acima da média dos países mundiais no período pós-crise e também nos últimos três anos. Segundo ele, entre 2007 e 2012, a taxa média de crescimento do Brasil foi de 3,7%, enquanto a média dos outros países atingiu 3,3%.

Em relação à política fiscal, o secretário disse que não houve mudança. "A política fiscal continua como sempre. Não há mudança nem na política fiscal e nem na política econômica." De acordo com secretário, os superávits primários das contas públicas têm garantido a redução da relação entre a dívida líquida do setor público e o Produto Interno Breuto (PIB). Ele destacou que a dívida líquida no ano passado caiu para 35,2% do PIB e deve fechar este ano abaixo de 35%. "Além disso, o ambiente de negócios segue forte no País", disse, salientando que a perspectiva de crescimento é reforçada pelas concessões. "Temos o maior programa de concessões do mundo."

Ele disse que o IPO (sigla em inglês para oferta pública inicial de ações) da BB Seguridade, a emissão externa do Tesouro com o menor spread da história, a 11ª rodada de petróleo e gás e a captação externa de R$ 11 bilhões da Petrobras mostram um cenário de confiança por parte dos investidores e do setor privado. Diante desse cenário de crescimento da economia, Holland avaliou que "logo mais" a S&P vai corrigir a perspectiva. "As perspectivas de crescimento com investimentos e com a boa política fiscal vão mostrar que estamos no caminho certo da economia."

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