Para Holland, 'é natural' o rebaixamento da S&P
Ele frisou dois pontos do relatório da S&P: crescimento e política fiscal. Segundo Holland, o Brasil tem tido um crescimento acima da média dos países mundiais no período pós-crise e também nos últimos três anos. Segundo ele, entre 2007 e 2012, a taxa média de crescimento do Brasil foi de 3,7%, enquanto a média dos outros países atingiu 3,3%.
Em relação à política fiscal, o secretário disse que não houve mudança. "A política fiscal continua como sempre. Não há mudança nem na política fiscal e nem na política econômica." De acordo com secretário, os superávits primários das contas públicas têm garantido a redução da relação entre a dívida líquida do setor público e o Produto Interno Breuto (PIB). Ele destacou que a dívida líquida no ano passado caiu para 35,2% do PIB e deve fechar este ano abaixo de 35%. "Além disso, o ambiente de negócios segue forte no País", disse, salientando que a perspectiva de crescimento é reforçada pelas concessões. "Temos o maior programa de concessões do mundo."
Ele disse que o IPO (sigla em inglês para oferta pública inicial de ações) da BB Seguridade, a emissão externa do Tesouro com o menor spread da história, a 11ª rodada de petróleo e gás e a captação externa de R$ 11 bilhões da Petrobras mostram um cenário de confiança por parte dos investidores e do setor privado. Diante desse cenário de crescimento da economia, Holland avaliou que "logo mais" a S&P vai corrigir a perspectiva. "As perspectivas de crescimento com investimentos e com a boa política fiscal vão mostrar que estamos no caminho certo da economia."