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GM e sindicato terão nova reunião em S.J. dos Campos

13:49 | 04/06/2013
Após cerca de nove horas de tentativa de negociação, a General Motors (GM) e o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, no Vale do Paraíba (SP), não chegaram a um acordo em reunião realizada nesta terça-feira, 3, sobre a possibilidade de investimentos da montadora na unidade da cidade. Um novo encontro foi agendado para segunda-feira, 10, às 15 horas.

De acordo com o diretor de Assuntos Institucionais da GM do Brasil, Luiz Moan, "houve um avanço, mas ainda persistem alguns pontos cruciais na negociação". Segundo a montadora, o novo projeto demandará em torno 2.500 empregados. Conforme o sindicato, os pontos que impediram o acordo foram a estabilidade no emprego, a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e o tempo de vigência do entendimento. "É importante ressaltar que estamos discutindo uma proposta global, em que uma questão está ligada à outra. Não aceitamos demissões e continuamos na defesa de direitos e salários", afirmou, em nota, o presidente do sindicato, Antônio Ferreira de Barros, mais conhecido como "Macapá".

De acordo com o sindicato, a GM pretende encerrar as atividades do setor Montagem de Veículos Automotores (MVA) em dezembro e, consequentemente, demitir funcionários. A montadora, no entanto, afirma que a decisão de desativar a linha já tinha sido debatida com o sindicato e um acordo sobre as dispensas - que pode chegar a 900 trabalhadores - tinha sido "assinado e homologado" no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em janeiro.

Outra questão é que a empresa propõe uma PLR de R$ 8 mil para os trabalhadores contratados na nova linha de produção, a partir de 2017. Na análise do sindicato, a proposta é "incompatível com os alto grau de lucros do setor automotivo". O único ponto da negociação em que houve avanço foi a questão do piso salarial, chegando-se a R$ 1.700, corrigido pela inflação a partir de setembro de 2014 para os funcionários que vierem a ser contratados. A GM diz acreditar que, apesar do embate com os trabalhadores, um acordo "deve ser concluído no próximo dia 10".

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