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Perspectiva para zona do euro ainda é negativa, diz BCE

09:47 | 09/05/2013
A perspectiva para a economia da zona do euro continua pessimista, com riscos provocados pelo cansaço com as reformas e o menor crescimento global, afirmou nesta quinta-feira o Banco Central Europeu (BCE), em relatório. Segundo a autoridade monetária, esses fatores "têm o potencial de prejudicar a confiança e portanto adiar a recuperação".

No entanto, o BCE elogiou o progresso feito na redução de desequilíbrios macroeconômicos nos países que sofreram mais com a crise, dizendo que o progresso foi tanto estrutural quanto cíclico e que deve ser, "em parte, sustentável". A instituição destacou que a redução dos desequilíbrios no sistema pode ser alcançada com a rápida implementação dos planos da União Europeia de formar uma união bancária.

O BCE também defendeu a tese de que altos níveis de dívida dos governos têm efeito negativo sobre o crescimento quando estão acima de 90% do Produto Interno Bruto (PIB). "Apesar de haver significativa incerteza em torno das estimativas sobre qual seria o limite, parece haver evidência empírica que, na média, níveis de dívida pública ou do setor privado acima de 90% do PIB prejudicam o crescimento econômico", afirmou.

O BCE também publicou sua pesquisa trimestral com analistas, que revisaram para baixo a perspectiva para a inflação da zona do euro, refletindo as projeções de contração da atividade econômica este ano e a recuperação mais fraca do que a que esperavam em janeiro. A inflação agora deve ficar em torno de 1,7% este ano e 1,6% em 2014, de 1,8% em ambos os anos no relatório anterior. Para 2015, a projeção caiu de 1,9% para 1,8%.

Já a projeção de crescimento da zona do euro foi reduzida de zero para -0,4% este ano e de +1,1% para +1,0% em 2014 - praticamente em linha com as projeções feitas em março pela própria equipe do BCE, de -0,5% e +1,1%, respectivamente. "Os entrevistados citaram a fraca atividade econômica do último trimestre de 2012 e do primeiro de 2013 como o principal fator por trás da revisão para este ano", explicou o relatório.

A pesquisa do BCE foi conduzida entre 16 e 19 de abril e 53 respostas foram recebidas. As informações são da Dow Jones e da Market News International.

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