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Ministro francês critica déficit comercial com China

07:29 | 06/05/2013
O déficit comercial da França com a China é insustentável, afirmou o ministro de Relações Exteriores francês, Laurent Fabius, nesta segunda-feira. O ministro também pediu a ampliação do comércio bilateral entre os dois países.

Apesar da desaceleração da economia global no ano passado, as exportações da França para a China cresceram 12%. Mais de 10 mil empresas francesas estão exportando até 15 bilhões de euros (US$ 19,7 bilhões) em bens para a China continental, afirmou Fabius em um discurso em Hong Kong.

"Embora nosso déficit comercial com a China tenha diminuído em 1,5 bilhão de euros em 2012, ele ainda é muito grande, em cerca de 26 bilhões de euros - cerca de 40% do nosso déficit comercial geral - e claramente, insustentável", disse Fabius.

A China tem sido criticada por usar uma moeda desvalorizada para aumentar as exportações de forma injusta.

O ministro disse que os líderes de China e da França recentemente concordaram em trabalhar juntos para reequilibrar suas relações comerciais e ambos concordaram que "o protecionismo seria desastroso".

Ele também expressou seu apoio à internacionalização da moeda chinesa, dizendo que a França receberá bem a maior flexibilidade na taxa de câmbio do yuan, "uma vez que isso contribuirá para a redução dos desequilíbrios macroeconômicos globais". Ele acrescentou que cerca de 10% do comércio entre os dois países é feito em yuan.

O banco central francês tem trabalhado com o sistema de euro para apoiar acordos de swap cambial com o Bank of China, acrescentou Fabius, sem elaborar mais.

Comentando sobre a crise da dívida da zona do euro, o ministro disse que a situação melhorou. "A zona do euro está em uma forma melhor hoje do que estava há apenas seis meses. A crise financeira aguda que ameaça a sua existência não está mais nas manchetes", depois de vários movimentos por parte dos governos e do Banco Central Europeu nos últimos meses, disse . "Mas o crescimento ainda não está lá. Devemos continuar a consolidar as nossas finanças, mas a prioridade para a Europa agora deve ser estimular o crescimento", disse Fabius. As informações são da Dow Jones.

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