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Acesso da Grécia ao mercado será um desafio, diz UE

12:08 | 17/05/2013
A perspectiva para a sustentabilidade da dívida da Grécia continua amplamente inalterada e, desde que haja uma implementação total e no tempo certo do programa de convergência do país, "a dívida pode cair abaixo de 120% do Produto Interno Bruto até 2021", afirmou a Comissão Europeia em um relatório divulgado nesta sexta-feira. Uma fonte havia antecipado ontem à Market News International que o braço executivo da União Europeia previa queda na dívida grega para 120% do PIB até 2022.

O relatório destaca, porém que, "como a relação entre dívida e PIB permanecerá elevada no futuro próximo, o acesso total ao mercado para a Grécia continuará desafiador nos anos à frente". Segundo a UE, a Grécia teve desempenho melhor do que o esperado em 2012 e o déficit primário ficou em -1,3% do PIB, ante a meta de -1,5%.

"A meta de déficit fiscal de 2012 foi atingida com uma margem confortável, apesar da recessão de certa forma mais profunda do que o previsto", disse a UE no relatório. Embora o PIB grego tenha tido contração de 6,4% no ano passado, mais do que a estimativa de queda de 6,0%, a Comissão Europeia manteve sua projeção original de declínio de 4,2% neste ano e de um retorno ao crescimento em 2014, com leve expansão de 0,6%.

O relatório observa que, tendo como base as informações coletadas até agora das autoridades gregas, poderá haver um rombo fiscal nos anos de 2015 e 2016, portanto medidas adicionais podem ser necessárias. "A perspectiva fiscal para além de 2014 permanece inerentemente incerta. Isso depende em grande parte do progresso no fortalecimento da administração das receitas fiscal e de seguridade social", diz o documento.

Com relação ao processo de privatizações, a UE o classificou como "insatisfatório" e reduziu as expectativas de receita em 2013 de 2,6 bilhões de euros para 2,0 bilhões de euros. "Apesar de ter havido progresso na preparação dos ativos para privatização, a velocidade geral do processo permanece insatisfatória", afirmou a UE. As informações são da Market News International.

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