Situação da indústria é preocupante, diz diretor da FGV
Embora não seja favorável à alta de juros no Brasil, pois acredita que o patamar atual é elevado, ele mostrou-se apreensivo com a recente atividade da inflação. "O crescimento do País é muito baixo, a média é de 1,8% nos últimos dois anos e a inflação está elevada. Com a inflação alta, algo precisará ser feito no curto prazo, pois a memória inflacionária no Brasil é grande."
Nakano avaliou que, para que o País saia da encruzilhada do baixo crescimento e alta inflação, é preciso que os investimentos como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) subam dos atuais 18% para uma marca ao redor de 25%. "Isso será alcançado quando tivermos impostos menores e gastos correntes bem inferiores aos atuais, o que dará condições para a ampliação substancial do investimento público, que acabará puxando o privado. Além disso, o câmbio precisará ser menos apreciado para estimular a produção industrial interna e ampliar as exportações."