Pessoas físicas investiram R$ 506 bi em 2012, diz Anbima
O patrimônio do varejo foi alavancado em 2012, segundo a Anbima, pela ascensão das classes B e C e também devido à ampliação do acesso desse público aos serviços financeiros. Em geral, conforme a Associação, os dados deste segmento retratam um perfil conservador dos investidores pessoas físicas, com maior preferência por liquidez e rentabilidade de curto prazo.
"As aplicações são pouco diversificadas, em grande medida pela reduzida especialização desses clientes na gestão do seu portfólio, o que tende a se alterar com a maturação das iniciativas de educação ao investidor em curso", destaca a Anbima, no primeiro boletim que traz um raio X do segmento de varejo.
Enquanto na poupança, que conta com 97 milhões de clientes, o investimento médio é de R$ 5,1 mil, no varejo (que inclui fundos e tesouraria), é de R$ 74,3 mil. Nas aplicações em fundos, os investidores de varejo aplicam mais em carteiras conservadoras como renda fixa e DI, respondendo por 49,9% e 30,5% do total, respectivamente.
Apesar de elevado, o volume de recursos alocados em Fundos DI, assim como o número de clientes, recuou em 2012 ante o ano anterior. Em contrapartida, o segmento varejo alta renda tem maior direcionamento para aplicar em fundos multimercados e de ações.
"Essa queda (dos investimentos por pessoas físicas) sinaliza a busca por diversificação associada ao movimento de redução de juros", destaca a Anbima.