Força pede gatilho salarial trimestral e divide centrais
Pascoal Carneiro, secretário-geral da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), disse que não é a favor de indexar salários à inflação, pois isso não ajuda os trabalhadores. "Em vez de resolver, pode aumentar a inflação", avaliou Carneiro. De acordo com ele, a CTB continuará defendendo as principais demandas dos trabalhadores, como a redução da jornada de trabalho para 40 horas e o fim do fator previdenciário.
José Gonzaga da Cruz, secretário-executivo da União Geral dos Trabalhadores (UGT), confirma que a questão do gatilho salarial "não é uma bandeira comum". "Já tivemos indexação no passado e a inflação chegou a 1.400% ao ano. Tínhamos recomposição, mas sem nenhum ganho real", disse Cruz.
Paulinho, no entanto, rejeita a tese de que o gatilho salarial poderia agravar a inflação. "Nenhum trabalhador faz a inflação. Não posso concordar com esses (economistas) iluminados que puxam o saco do governo e usam esse argumento. Somos vítimas", disse o deputado, reforçando que o papel das centrais é proteger o trabalhador.
Festa
As centrais confirmaram a presença dos tucanos Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, e Aécio Neves, senador por Minas Gerais, na festa de amanhã. Segundo Paulinho, a presença do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e da ex-candidata a presidente Marina Silva (sem partido) ainda não estão confirmadas, mas eles estariam tentando resolver problemas de agenda para comparecer.
O ministro do Trabalho, Manoel Dias, e o do Esporte, Aldo Rebelo, confirmaram participação. O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, que viria representando a presidente Dilma Rousseff, ainda não garantiu presença.