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Analistas veem projeção do novo mínimo com otimismo

Entretanto, para economistas e representantes de setores da economia cearense, o momento requer um acompanhamento e análise das variáveis relacionadas ao anúncio

12:09 | 16/04/2013

Para o economista Pedro Jorge Viana, o anúncio do reajuste salárial para R$ 719,48 em 2014, foi feito com certa antecedência. Antes, analisa, outros fatores como as taxas de juros e o câmbio precisam ser analisados devido a possíveis mudanças que possam ocorrer até a implantação da medida.

 

Pela Legislação, o piso salarial deve ser elevado, conforme a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) no ano anterior, no primeiro dia do ano e a expansão da economia no ano retrasado.

“Para o assalariado, a medida será positiva, o que se deve discutir é a temporalidade. Se realmente é necessário fazer o anúncio agora”, coloca Pedro Jorge, ressaltando que “outras variáveis precisariam ser analisadas”.

Esse modelo, segundo Cid Alves, presidente do Sindicato do Comércio Varejista e Lojista de Fortaleza (Sindilojas), é a maneira mais adequada de se programar o reajuste salarial em um País em desenvolvimento como o Brasil. A medida, segundo ele, trará mais confiança tanto para o empresariado quanto para os assalariados do Brasil. “Acho que a medida ajudará a diminuir o extremo das necessidades do trabalhador brasileiro”.

Alves, disse ainda ser cedo para especular os impactos diretos do reajuste salarial no setor lojista, mas acredita que o varejo será o mais contemplado com o anúncio. O aumento do poder de compra dos consumidores seria um dos pontos frisados pelo sindicalista. “A primeira coisa que o trabalhador faz com o aumento é minimizar suas necessidades básicas”, reitera.

Ganho real
Na atual conjuntura, Bittencourt afirma que o comportamento é de que tem havido um visível ganho real do salário mínimo nos últimos anos. Ele aponta que isso tem permitido um maior acesso aos bens e serviço por parte da população na medida em que também se aumenta as demandas.

O pesquisador alerta, entretanto, para a aparente inconsistência entre o nível do desemprego e o quadro da inflação no País. “Porque a economia cresce e o desemprego está elevado”. Isso, de acordo com o pesquisador, estabelece uma falta de competitividade do Brasil em relação a outros Países.

Apesar da perspectiva de que o Banco Central volte a reajustar os juros básicos da economia na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o documento indica manutenção da taxa Selic em 7,25% ao ano pelos próximos três anos, até o fim de 2016.

Com informações da Agência Brasil

Daniel Silva

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