Consumidor só sentirá redução integral nas tarifas de energia depois de ciclo completo de cobrança

12:18 | Jan. 25, 2013

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Atualizada às 12h57

As datas de leitura dos relógios são distribuídas ao longo do mês e, por isso, os consumidores só perceberão integralmente a redução do preço da energia elétrica – determinada pelo governo – após um ciclo completo de cobrança com as novas tarifas. Isso porque, dependendo da data de vencimento da conta, parte do consumo será medido segundo a tarifa antiga e outra parte de acordo com a tarifa reduzida, no primeiro mês de vigência das novas medidas.

A explicação foi dada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a propósito da redução nas contas de energia que começa a vigorar já este mês. Assim, como as novas tarifas valem a partir do dia 24 de janeiro, um consumidor que tem sua leitura feita no dia 10 de fevereiro, teria, nesse mesmo mês, metade de sua energia faturada pela tarifa antiga e a outra metade, pela nova tarifa. A partir de 25 de fevereiro, todas as contas já perceberão os benefícios completos da tarifa reduzida.

A redução é resultado da Lei 12.783/2013, que promoveu a renovação das concessões de transmissão e geração de energia que venciam até 2017, e das medidas provisórias 591/2012 e 605/2013. O efeito médio da redução ficará em 20,2%. Para os consumidores residenciais, a redução mínima chegará a 18%. Para os consumidores de alta tensão, o desconto pode alcançar 32%.

O efeito dessa diminuição será uma mudança permanente no nível das tarifas, pois retira definitivamente custos que compunham as tarifas anteriores, segundo a Aneel, que estabelece uma tarifa diferente para cada distribuidora, em função das peculiaridades de cada concessão.

Redução da Coelce é uma das menores

A medição da conta de luz dos consumidores residenciais no Ceará já está sendo feita com 18,05% de desconto. A redução para a concessionária cearense, a Companhia Energética do Ceará (Coelce), é levemente maior do que o anunciado pela presidente Dilma Rousseff nesta quarta, 23, de 18%.

No entanto, das 63 concessionárias, 41 delas teve um desconto maior do que o da Coelce. A maior redução foi de quase 26%, numa distribuidora gaúcha, o efeito médio total é de 20,2%.

Redação O POVO Online