Comitê defende veto de bebês no Parlamento britânico

No ano passado, ao receber uma advertência, Stella Creasy recebeu o pedido para não levar novamente o seu bebê para Câmara dos Comuns

09:38 | Jun. 30, 2022

Imagens de vídeo transmitidas pela Unidade de Gravação Parlamentar do Parlamento do Reino Unido (PRU) da deputada trabalhista britânica Stella Creasy com suas duas filhas (acima) e seu filho (abaixo) na Câmara dos Comuns em Londres (foto: HANDOUT / PRU / AFP)

As deputadas não devem levar seus bebês ao Parlamento britânico, afirma um relatório elaborado pelo comitê de todos os partidos, apesar da campanha de uma representante trabalhista para melhorar a conciliação entre vida pessoal e profissional.

No ano passado, ao receber uma advertência, Stella Creasy recebeu o pedido para não levar novamente o seu bebê para Câmara dos Comuns, após ter participado dos debates com seu filho, chamado Pip, dormindo em seus braços.

A deputada, então, denunciou o tratamento às mulheres na política, que conciliam maternidade e trabalho.

A questão gerou debates e o presidente da Câmara dos Comuns, Lindsay Hoyle, pediu uma revisão das regras.

No informe publicado nesta quinta-feira, a comissão responsável pelo tema optou por manter as regras existentes, embora tenha deixado para a presidência da Câmara a possibilidade de adotar regras "com parcimônia".

Creasy admitiu não ter ficado surpresa com a recomendação.

"Esta comissão não falou com ninguém fora do Parlamento, embora muitos de nós tenhamos encorajado. Não me surpreende que não reconheça que podemos estar desanimadas com estas regras e a visão antiquada a respeito das mulheres que têm filhos", disse.

"A mudança não acontecerá até que comecem a escutar os que estão fora do status quo", acrescentou.