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Ler e escrever no papel pode ser melhor para o cérebro, diz estudo

Para chegar a tais resultados, a linguista Naomi Baron monitorou os hábitos de leitura de 300 estudantes universitários

19:01 | 23/02/2015
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Atrativos pelo menor preço e pela fácil mobilidade, os livros compilados em smartphones, tablets ou e-readers têm alcançado lugar de destaque cada vez mais maior em todo o mundo, mas uma pesquisa indica que o tradicional papel guarda lá suas vantagens.

A linguista americana Naomi Baron monitorou os hábitos de leitura de 300 estudantes universitários espalhados nos Estados Unidos, Alemanha, Japão e Eslováquia, e reuniu tudo no livro “Words Onscreen: The Fate of Reading in a Digital World” (em tradução livre, “Palavras na Tela: O Destino da Leitura num Mundo Digital”).

A praticidade dos livros digitais, segundo o que a linguista constatou, não faz tão bem ao cérebro quanto ler e escrever no papel, pois 92% dos estudantes afirmaram ser mais fácil se concentrar na leitura em um livro de papel do que em um livro digital.

Quanto à experiência de leitura dos estudantes em dispositivos digitais, especialmente em tablets e smartphones, Naomi detalhou, em entrevista ao site New Republic que “A primeira coisa que eles dizem é que se distraem mais facilmente, são levados a outras coisas. A segunda é que há cansaço visual, dor de cabeça e desconforto físico.”

Quanto à compreensão no livros digitais e impressos, os resultados parecem similares. “Se você aplica testes padronizados de compreensão de passagens no texto, os resultados são mais ou menos os mesmos na tela ou na página impressa”, disse ela à publicação.

Além de ter mais chances de relêr um trecho do texto, quem opta por um livro impresso tende a manter um ritmo de leitura mais contínuo e duradouro.

Escrever no papel faz bem

Um estudo feito em 2012 na Universidade de Indiana com crianças em processo de alfabetização demonstra resultados mais surpreendentes. Segundo os pesquisadores, as crianças que escrevem no papel têm seus cérebros ativados mais intensamente do que teria ao digitar letras em um teclado. Como resultado, o aprendizado se torna mais acelerado para aquelas que optam pelo tradicional papel.
Redação O POVO Online
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