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Sonda Opportunity faz novas descobertas sobre água em Marte

A análise revela traços de um tipo de água provavelmente potável que data do primeiro bilhão de anos da história de Marte

16:55 | 07/06/2013
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WASHINGTON, 07 Jun 2013 (AFP) - Cientistas referiram-se esta sexta-feira, 7, à sonda Opportunity, da Nasa, como um dispositivo coxo e artrítico, mas saudaram suas novas descobertas relacionadas à existência de água primitiva em Marte, feitas dez anos depois de ter sido lançada rumo ao planeta vermelho.

O veículo não tripulado e movido a energia solar acaba de analisar o que pode ser sua rocha mais antiga, conhecida como Esperance 6, que contém evidências que potencialmente indicam a existência de que água capaz de sustentar vida fluiu com abundância em Marte, deixando para trás minerais de argila.

"Esta é uma evidência de que a água interagiu com esta rocha e mudou sua química, alterando sua mineralogia de forma dramática", afirmou Steve Squyres, principal pesquisador da Universidade Cornell.

Ele descreveu a pesquisa como "uma das mais importantes" desta missão que tem dez anos, porque demonstra uma química muito diferente da maior parte das descobertas anteriores sobre água em Marte, um planeta atualmente árido.

Cientistas acreditam que, no passado, água em abundância fluiu entre essas rochas através de algum tipo de fissura, deixando para trás uma concentração incomumente alta de argila.

A análise revela traços de um tipo de água provavelmente potável que data do primeiro bilhão de anos da história de Marte, quando rochas de argila estavam se formando com um pH mais neutro, antes que as condições se tornassem mais severas e a água, mais ácida, afirmou Squyres.

Graças à sua ferramenta de abrasão, ao espectrômetro de partículas alfa e raios-X e a um gravador de imagens microscópicas, a sonda conseguiu enviar detalhes para os cientistas baseados em Terra, que aprenderam sobre a história do Planeta Vermelho sem precisar trazer as rochas para casa.

A sonda Opportunity e sua similar, a Spirit, foram lançadas em 2003 e pousaram em janeiro de 2004 para uma exploração inicialmente prevista para durar três meses. Ambas descobriram evidências sobre ambientes aquosos no passado

primitivo de Marte.

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