MPCE diz que tem investigações em andamento sobre caso do prefeito de Uruburetama

Chefe do Executivo do Município é acusado de estupro por pacientes

15:18 | Jul. 15, 2019

 José Hilson de Paiva, prefeito afastado de Uruburetama, é acusado de abuso sexual (foto: FABIO LIMA/O POVO)

O prefeito de Uruburetama, José Hilson de Paiva (PCdoB), já é alvo de investigação do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), informou o órgão na tarde desta segunda-feira, 15. O chefe do Executivo do Município, que é médico, é acusado de estupro por pacientes. A apuração é feita pela Promotoria de Justiça de Uruburetama com apoio do Núcleo de Investigação Criminal (Nuinc). 

Segundo o MPCE, algumas vítimas inclusive já foram ouvida por promotores de Justiça. "Medidas judiciais estão sendo tomadas visando elucidar todas as condutas delitivas e punir rigorosamente o responsável", informou o órgão em nota. 

Entenda a polêmica envolvendo o prefeito de Uruburetama, acusado de estupro e pedofilia

A Câmara Municipal de Uruburetama fará sessão extraordinária, nesta segunda, para discutir o processo que pode resultar no afastamento do prefeito. Presidente da casa, a vereadora Maria Stela Gomes Rocha, a Tete, diz que a notícia "abalou o Município a nível nacional". "É uma notícia péssima. Neste momento, não existe oposição ou situação. Todo mundo tem que discutir isso", afirmou.

Quem também se pronunciou sobre o caso foi o Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará (Cremec). Para o presidente da entidade, Helvécio Neves Feitosa, as denúncias contra o médico José Hilson Paiva são de "extrema gravidade", mas ele destaca que o médico tem direito à defesa e que pode-se levar até dois anos para chegar a uma decisão.

O caso virou pauta do programa Fantástico nesse domingo, 14. O POVO já tinha publicado denúncia sobre o caso em março de 2018, quando um vídeo do ginecologista e uma paciente fazendo sexo viralizou na internet. As vítimas afirmaram que só tiveram coragem de denunciar após a repercussão do material.

Ainda em março do ano passado, o médico chegou a registrar um Boletim de Ocorrência (B.O.) na Delegacia do 13º Distrito Policial (DP), em Fortaleza. Ele denunciava crime de extorsão cometido por um empresário, alegando que estava sendo alvo de chantagens envolvendo conteúdos pornográficos.