Servidores cogitam paralisação; secretaria nega impacto no Cinturão das Águas

23:02 | Abr. 02, 2018

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Atualizada às 10h05min de 03/04/2018
 
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Servidores da Superintendência Estadual de Obras Hidráulicas (Sohidra) e Secretaria dos Recursos Hídricos (SRH) cogitam paralisar as atividades. Eles cobram reajuste e o pagamento de gratificação por produtividade retroativa de 2015. Na manhã desta segunda-feira, 2, assembleia que decidiu pela interrupção das atividades caso a exigência não seja acatada ainda esta semana.
 
Eles ameaçam paralisar as obras do Cinturão das Águas (CAC). A secretaria, porém assegura que a eventual interrupção dos trabalhos pelos servidores não causaria paralisação nas obras do CAC.
 
 
Segundo Manoel Feitosa, presidente da Associação dos Servidores da Sohidra, definição da greve ocorrerá após reunião com o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Evandro Leitão (PDT), agendada para esta terça-feira, 3.  As obras são executadas pelo Governo do Estado com recursos da União. 
  
De acordo com o presidente da Associação dos Servidores da SRH, Moacir de Lima, o Governo chegou a propor 20% do valor prometido à época e, depois, subiu para 30% para ser pago somente "após as eleições de 2018". Proposta, no entanto, não corresponderia à reivindicação trabalhista, cujo objetivo é a equidade salarial com os demais órgãos públicos estaduais.
 
"Essa negociação não corresponde aos anseios dos servidores. Com isso, houve uma revolta. Chegando ao ponto de precisar paralisar", explicou por telefone ao O POVO Online. "Faz tempo que vem sendo prometido o nosso Plano de Cargos", destacou.
 
OBRAS  
 
Por meio de nota, a Secretaria de Recursos Hídricos (SRH) comunicou que não foi informada sobre a possível paralisação. E destacou tentativa de acordo com os servidores. "O fato é que, bem como vem fazendo com todos os servidores, o Governo do Estado mantém diálogo aberto", declarou. 
[SAIBAMAIS] 
"E, no mês passado, propôs reajuste de 30% para servidores da SRH e Sohidra, valor que chega a ser dez vezes a inflação, que está em torno de 3% ao ano", acrescentou em nota. A pasta afirmou ainda que o andamento das obras do projeto segue conforme cronograma e estão sendo feitas por empresa privada que foi contratada através de licitação.

 
A SRH aponta ainda que, como os servidores não estão envolvidos diretamente nas obras, a eventual greve não teria impacto sobre o andamento das obras do Conturão das Águas. "A SRH informa que uma possível paralisação dos servidores não acarretaria a interrupção das obras do Cinturão das Águas do Ceará (CAC), que são executadas por uma empresa particular, licitada e contratada para tal intervenção", informou em nota.
 
IMPACTO 
 
Com o objetivo de ampliar o abastecimento do Projeto de Integração do Rio São Francisco no Estado, incluindo a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), o CAC representa a expectativa de fôlego ao Ceará após anos de estiagem. 

Mais de de 1 milhão de pessoas serão beneficiadas, sobretudo na região do Cariri. Ao todo, o Cinturão atende 25 cidades: Jati; Brejo Santo; Porteiras; Abaiara; Missão Velha; Barbalha; Crato; Juazeiro do Norte; Santana do Cariri; Nova Olinda; Milagres; Farias Brito; Lavras da Mangabeira; Várzea Alegre; Iguatu; Icó; Orós; Mauriti; Aurora; Caririaçu; Granjeiro, Farias Brito; Cariús; Cedro e Quixelô.