Detentos promovem nova rebelião no 'Carrapicho'

Do lado de fora do complexo, é possível ouvir barulho de tiros e de bombas e ver fumaça saindo da penitenciária

18:37 | Mai. 23, 2016

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Atualizada às 21h16min

Detentos da unidade prisional Desembargador Francisco Adalberto Barros de Oliveira Leal, conhecida como "Carrapicho", iniciaram mais uma rebelião no começo da noite desta segunda-feira, 23. O motim no "Carrapicho" volta a ocorrer um dia depois de terem sido encontrados três corpos carbonizados dentro da unidade

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[SAIBAMAIS2]Do lado de fora do complexo, é possível ouvir barulho de tiros e de bombas e ver fumaça saindo da penitenciária. Estão no local equipes do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque), Batalhão de Polícia de Ronda de Ações Intensivas e Ostensivas (BPRaio) e Corpo de Bombeiros.

Companheiras de detentos do "Carrapicho" promoveram uma barreira com pneus em frente à unidade prisional. Elas relataram ao O POVO Online que conversaram, via telefone, com os parceiros. Os presos teriam dito que estavam acuados com a ação da Polícia e, só se renderiam, quando os policiais deixassem o complexo.

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As mulheres afirmaram que há detentos feridos. A Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado (Sejus) ainda não possui informações atualizadas sobre a rebelião no "Carrapicho".

Uma aeronave da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) foi acionada para realizar o monitoramento dentro da unidade prisional e na região periférica ao presídio. Com câmera infravermelha, o helicóptero pode detectar, mesmo com a ausência de luz, movimentos de pessoas e situações anormais.

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Série de rebeliões
Este fim de semana foi considerado pelo Procurador-Geral de Justiça, Plácido Barroso Rios, como um dos piores do sistema penitenciário do Ceará. Pelo menos 14 detentos morreram durante a série de rebeliões registrada no Estado.

O governador do Ceará, Camilo Santana, solicitou o apoio da Força Nacional de Segurança para controlar a situação nos presídios. Além do "Carrapicho", foram registrados distúrbios em todas as unidades do Complexo Presidiário de Itaitinga.

Redação O POVO Online