Trabalhadores da construção civil bloqueiam CE-350
Categoria reivindica melhores condições de trabalho na construção do presídio de segurança máxima da via. Obras está paralisada há duas semanas
09:33 | Nov. 20, 2014
Atualizada às 15h05min
Cerca de 50 trabalhadores da construção civil protestaramm na CE-350, em Aquiraz, 32,3 km de Fortaleza, na manhã desta quinta-feira, 20. A Polícia Rodoviária Estadual (PRE) informou que uma equipe foi ao local para monitorar o trânsito e a via ficou bloqueada com troncos; o Corpo de Bombeiros e o Batalhão de Choque também foram acionados, mas não houve confronto.
De acordo com o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil da Região Metropolitana de Fortaleza (STICCRMF), Nestor Bezerra, a obra do presídio de segurança máxima - Cadeia Pública de Jovens e Adultos-, localizado no km 1 da CE-350, está paralisada há duas semanas. “Não há equipamentos necessários e os salários são reduzidos. Eles [trabalhadores] estavam trabalhando com suas próprias roupas, sem nenhuma segurança”, explica Nestor.
O coordenador afirma ainda que a categoria entrou em contato com o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Ceará (Sinduscon-CE) e com a empresa responsável pela obra, a Duplo M Engenharia, mas ainda não obteve retorno. “Esse protesto é para ver se alguém se manifesta sobre a situação dos trabalhadores, que sofrem diversos abusos dentro do local de trabalho”, completa.
O POVO Online entrou em contato com a Duplo M Engenharia e foi informado que o responsável pela assessoria não estava no local e só poderia responder no dia seguinte. Em nota, o Sinduscon-CE disse que os trabalhadores da obra estão filiados com a Federação dos Trabalhadores na Indústria da Construção e do Mobiliário do Estado do Ceará (FETICOMCE-CE). "O Sinduscon-CE não reconhece o STICCRMF para intermediar reivindicações de trabalhadores que são representados legalmente por outra organização sindical", completa.
O coordenador do STICCRMF, por outro lado, afirma que os trabalhadores convocaram a representação do sindicato. "Os trabalhadores não aceitam ser representados pela Federação e nos pediram apoio, pois com essa filiação eles não conseguem vale-transporte, regulamentação da jornada, cesta básica, etc", defende Nestor.