ONG alerta para possibilidade de aparição de peixe-boi na Taíba e pede que população não interaja

Resgatado em janeiro de 2015, animal foi devolvido ao seu habitat natural no início de julho e precisa passar por readaptação no mar. Mamífero está com boia e cinto que não podem ser retirados dele

16:31 | Jul. 12, 2021

O filhote resgatado permaneceu cinco anos e dez meses no Centro de Reabilitação de Mamíferos Marinhos (foto: Geice Magalhães / Acervo Aquasis)

Após seis anos, fêmea de peixe-boi nomeada de "Pintada" foi devolvida ao mar no último dia 6 de julho. O animal foi resgatado em 2015, na praia de Melancias, em Icapuí, por colaboradores da ONG Aquasis. A entidade informa que o mamífero está em deslocamento rumo à Praia da Taíba, e a população não deve se aproximar do animal. A boia e o cinto que estão em Pintada também não devem ser retirados.

Durante os últimos anos, o mamífero recebeu todos os cuidados da ONG. Quando encalhou, Pintada era apenas uma filhote, possuía diversas lesões na pele e apresentava notória perda de peso, de acordo com os colaboradores da ONG.

O filhote resgatado permaneceu cinco anos e dez meses no Centro de Reabilitação de Mamíferos Marinhos (CRMN) até chegar ao cativeiro de aclimatação na Praia de Peroba, no Icapuí, onde permaneceu por mais sete meses.

Pintada foi solta completamente recuperada, na costa do município de Icapuí, agora com 6 anos, medindo 2,76 metros e pesando 387 kg. O animal segue sendo monitorado por meio de uma boia, que transmite a localização do peixe-boi.

O animal está em fase de readaptação à vida no mar, o contato com humanos poderia impedi-la de conseguir sucesso em vida livre. Alimentos e bebidas também não podem ser oferecidos ao mamífero. 

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