Ceará passa de mil mortes por Covid-19 em 20 dias de março

O mês tem também os quatro dias com maior número de casos confirmados em toda a pandemia

20:59 | Mar. 21, 2021

Hospital Leonardo da Vinci é referência no atendimento às pessoas acometidas pela Covid-19 (foto: Aurelio Alves/ O POVO)

Em apenas 20 dias, o mês de março somou 1.077 mortes em decorrência da Covid-19 no Ceará, conforme a plataforma IntegraSus, da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). O número coloca o mês como o quarto com maior quantidade de óbitos desde o início da pandemia, atrás apenas de maio de 2020 (3.918), junho (2.038) e julho (1.241), pico da primeira onda.

As mortes tiveram sequência de quedas até novembro. Desde então, teve início sequência de altas. Foram 280 naquele mês, em dezembro 409, em janeiro 521 e, em fevereiro, 939. Os dados de março ainda não estão consolidados. Até agora, a Covid-19 ceifou a vida de 12.870 indivíduos em todo o território cearense. O Integrasus contabiliza ainda 711 óbitos suspeitos, cujo diagnóstico de Covid-19 ainda é investigado.

De acordo com a plataforma, 42,01% das pessoas mortas possuíam algum tipo de comorbidade. A média no estado é de 58,77 vidas perdidas diariamente em consequência da Covid-19. A letalidade neste momento está em 2.58%. Desde julho até janeiro deste ano, a Sesa não computou mais de 50 mortes por dia nenhuma vez. Porém, desde 17 fevereiro, é recorrente o número ser ultrapassado.

Recordes de casos

Os dados parciais de março também apontam para maior quantidade de casos confirmados. O mês tem os quatro com maiores números de diagnósticos positivos de toda a pandemia. Beja quais foram:

1º de março: 4.723 casos

8 de março: 3.896

5 de março: 3.682

2 de março: 3.527

A incidência é maior em pessoas com idade entre 25 e 39 anos. No dia 5, o mês apresentou a maior média móvel de casos desde o início do período pandêmico: 3.033,28. No total, 498.400 pessoas já foram infectadas pela doença.

As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), nos dias 13 e 19 deste mês, contabilizaram 801 e 794, respectivamente, atendimentos por síndrome gripal. Apesar dos altos números, fevereiro segue líder nos registros, quando os equipamentos receberam mais pacientes com os sintomas desde o início da pandemia. Neste ano, 135.988 pessoas chegaram às Upas com síndrome respiratória, também ligada à Covid-19, e 3.681 precisaram de transferência.

Colaborou Érico Firmo