Prefeito diz ter sido agredido por PMs durante Carnaval; agente alega cusparada

Dinho Nunes (PT) alega que confusão foi iniciada por um policial civil, que teria invadido o palco com arma de fogo

18:01 | Fev. 24, 2020

Dinho Nunes (PT) diz que foi agredido com cassetetes (foto: Divulgação)

A festa de Carnaval em Palhano resultou em confusão entre o prefeito do município, localizado a 127 quilômetros (km) de Fortaleza, Dinho Nunes (PT), e policiais militares. O prefeito contou que foi agredido por policiais militares, na noite deste domingo, 23, durante a folia na Cidade. Segundo ele, a confusão teve início após um policial civil invadir o palco com uma arma de fogo na mão.

"Um policial (civil) transtornado subiu no palco, tomou o microfone da cantora e instaurou o terror entre a população que assistia ao show, incluindo idosos e crianças. Chamei a Polícia Militar (PM) para tomar alguma providência, mas fui covardemente agredido pelas costas (pelos PMs)", relata o prefeito de Palhano, que alega também ter sido atingido com spray de pimenta disparado pelos agentes de segurança.

Em depoimento à Delegacia Regional de Russas, porém, um dos policiais envolvidos no incidente relata que foi o prefeito que provocou a PM. Segundo o agente, Dinho Nunes teria ameaçado os PMs e, inclusive, cuspido em um deles, o que teria obrigado os agentes a usarem a força. O policial conta que, após o ocorrido, algumas pessoas tentaram agredir a composição, e que spray de pimenta foi usado para dispersar.

Sobre a cusparada, Dinho Nunes se defende. "Jamais cuspiria na cara de um policial. Isso é uma calúnia que estão inventando. Sei muito bem respeitar as autoridades", destaca o prefeito. O chefe do executivo estadual alega, ainda, que alguns policias têm usado spray de pimenta na população desde sexta-feira, 21, sem que nenhuma ocorrência seja registrada. Questionada, a Delegacia Regional de Russas diz desconhecer os casos, e que nenhum Boletim de Ocorrência (B.O.) foi registado sobre o assunto.