Mergulhadores não encontram óleo na praia de Canoa Quebrada após varredura

Ação aconteceu na manhã deste sábado. Os mergulhadores são voluntários e fazem parte da operadora de mergulho Mar do Ceará

15:12 | Out. 26, 2019

CANOA QUEBRADA, CE, BRASIL, 26-10-2019: Praia de Canoia Quebrada vista do mar para terra. Fomos ao mar de Canoa Quebrada fazer amotras de solo e rochas para saber se tinha oleo/petroleo proximo a costa de Canoa Quebrada, não foi encontrado nada, com mergulhadores profissionais e voluntarios. (Foto: Aurélio Alves/O POVO) (foto: AURELIO ALVES)

Mergulhadores fizeram vistoria no mar de Canoa Quebrada na manhã deste sábado, 2. A ação teve início às 8h e os mergulhadores voltaram cerca de 13h. Tufos de óleo teriam sido avistados durante um sobrevoo da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) na última quarta-feira, 23. A ação foi decidida após a suspeita de tufos de óleo estarem embaixo da coluna d'água. Os mergulhadores são voluntários e fazem parte da operadora de mergulho Mar do Ceará.

Foram feitos, no total, quatro mergulhos. Oito mergulhadores participaram da operação, mergulhando em pontos com um raio de 300 a 400m, em uma profundidade de 7 metros. Eles relataram que não encontraram manchas de óleo.

Sandra Paiva, da empresa de mergulho Mar do Ceará e aluna de doutorado do Programa de Ciências Marinhas e Tropicais da Universidade Federal do Ceará (UFC), explica que a visibilidade nos pontos que mergulharam não estavam muito boa, pois são pontos próximos à praia, e a dinâmica das ondas traz muita sedimentação, o que dificulta a visibilidade. O mergulho da equipe alcançou cerca de seis metros, chegando ao fundo, mas não encontraram nenhum fragmento ou mancha de óleo.

“Ao longo do nosso tempo que passamos lá nós tocamos os sedimentos, verificamos se nossas mãos ficavam sujas, ou com óleo, e não encontramos nada. Não quer dizer que não exista a possibilidade de ter óleo, mas não identificamos o óleo nos locais onde amostramos”. Paiva explica que possivelmente esse óleo pode estar vindo ao longo da coluna d'água, nem na superfície nem no fundo. Ela espera que o monitoramento continue. É um desejo nosso (da escola Mar do Ceará), de estar podendo usar essa ferramenta do mergulho para dar esse apoio.”

Lídia Torquato, proprietária e operadora de mergulho Mar do Ceará, afirma que eles fizeram essa ação pois já tiveram experiências com mergulhos científicos. “Aceitamos o convite para defender essa ideia, de tentar localizar manchas de óleo se aproximando da costa a fim que pudesse ser contida antes do impacto na praia.”

Lídia detalhou que três mergulhadores são instrutores da escola escola, um da marinha, e outros clientes que se voluntariaram para participar da operação. Ela falou que a operação das manchas de óleo foi inédita. “É uma operação difícil, o mar é muito grande. É como achar uma agulha em um palheiro, uma operação como essa deve ser bem planejada."

Ação de mergulhadores começou às 8h da manhã (Foto: Aurélio Alves/O POVO)

Com informações do repórter Ítalo Cosme