Governo do Ceará quer catalogar a fauna nativa em extinção ou sob ameaça

O "Livro Vermelho" da fauna cearense está sendo desenvolvido pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), disse Artur Bruno

14:31 | Set. 29, 2019

FORTALEZA, CE, BRASIL, 29-09-2019: Artur Bruno, secretário de Meio ambiente. Lançamento da semana de proteção animal no Parque do Cocó. (Foto: Júlio Caesar/O POVO) (foto: JÚLIO CAESAR)

Por entender que animais silvestres estão ainda mais desprotegidos do que os domésticos, Artur Bruno, secretário estadual do Meio Ambiente, afirmou que o Estado está produzindo o “Livro Vermelho” da fauna cearense, uma espécie de catálogo das espécies em extinção ou que estão sob risco. Só assim, de acordo com o gestor, será possível adotar políticas mais duras de combate ao tráfico e à caça, aprisionamento e guarda ilegal de animais silvestres.

O assunto foi comentado pelo secretário na manhã deste domingo, 29, no Parque Estadual do Cocó, ocasião da abertura da 1ª Semana Estadual de Proteção Animal.

Marcel Girão, titular da coordenadoria estadual de Defesa e Proteção dos Animais, vinculada à Secretaria do Meio Ambiente (Sema), afirmou que, desde a criação da coordenadoria, no início deste ano, o Estado tem tentado sistematizar a rede de apoio aos animais e conscientizar a população — principalmente, sobre abandono e maus tratos.

Uma das pautas mais urgentes do debate sobre a proteção animal, de acordo com Marcel, é expandir estratégias de castração. “Porque a gente sabe que a origem do problema se dá quando os animais nascem e estão abandonados”, afirmou o gestor, também citando casos de maus tratos pelos próprios tutores e por outras pessoas na rua. Além disso, segundo ele, é preciso conscientização. Que é “tão importante quanto castração, mas é um processo de médio e longo prazo” e intersetorial, envolvendo, também, saúde, educação e segurança.