Assassinato de Marielle Franco: Ronnie Lessa faz acordo de delação com a PF

Agora, a colaboração de Lessa precissa passar por homologação no Superior Tribunal de Justiça (STJ)

10:24 | Jan. 21, 2024

Por: Amanda Araújo
Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram assassinados em 2018 (foto: Renan Olaz/Câmara Municipal do Rio de Janeiro)

O ex-policial militar reformado Ronnie Lessa, acusado de ser o executor do assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, fez acordo de delaçao com a Polícia Federal (PF). Informação foi divulgada pelo colunista Lauro Jardim, do O GLOBO, na manhã deste domingo, 21.

Agora, a colaboração de Lessa precissa passar por homologação no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O assassinato da vereadora e do motorista completam seis anos em março deste ano.

Delação premiada do também ex-PM Élcio de Queiroz apontou que Ronnie Lessa apareceu na casa dele no dia seguinte ao crime, acompanhado do ex-bombeiro Maxwell Corrêa, para se desfazer do carro usado no assassinato da vereadora e do motorista.

Lessa teria se desfeito dos pedaços da placa do carro usado no assassinato na linha férrea dos trens urbanos no Rio de Janeiro.

"Após jogar os pedaços da placa e as cápsulas, deixamos o Maxwell na casa da mãe dele, porque ele disse que iria "agitar" o sumiço do carro. Ele falou que iria procurar um conhecido nosso, cujo apelido era Orelha, que já teve agência de automóvel e trabalhava com seguro de carro e hoje em dia tem uma sorveteria (...) Depois disso fiquei sabendo através do Maxwell que esse carro de fato sumiu e que foi para o morro da Pedreira, onde havia um desmanche de carro. Quando eu perguntei para o Orelha se havia dado sumiço no carro, ele me cortava e desconversava", afirmou Élcio em delação.

O chefe da PF, Andrei Rodrigues, havia dado recentemente o prazo de março para o crime ser solucionado, inclusive com descoberta do mandante.