Ministério da Saúde descarta caso de poliomielite em criança no Pará
Um exame detectou Poliovírus em fezes de uma criança de 3 anos, residente de Santo Antônio do Tauá. A Secretaria de Saúde do Pará notificou o caso, previamente, como Paralisia Flácida Aguda (PFA)
20:03 | Out. 06, 2022
O Ministério da Saúde informou, em nota, na tarde desta quinta-feira, 6, que o caso do resultado positivo para poliovírus em fezes de uma criança de 3 anos, no Pará, não se trata de poliomielite. A Secretaria de Saúde Pública do Pará (Sespa) havia informado, em comunicado, ter encontrado o vírus na criança, residente do município de Santo Antônio do Tauá, mas que o caso ainda estava sob investigação.
A pasta federal acredita que, conforme informações enviadas pela Secretaria Estadual de Saúde, o "caso pode estar relacionado a um evento adverso ocasionado por vacinação inadequada". No documento da Sespa, o caso foi previamente notificado como Paralisia Flácida Aguda (PFA).
Foi informado também que a criança estava com o ciclo vacinal incompleto. A criança do sexo masculino não tinha recebido as doses da VIP (vacina inativada contra poliomielite) previamente, e só tinha apenas duas doses de VOP (vacina oral poliomielite), o que está em desacordo com as normas do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
O menino apresentou sintomas 24 horas após receber as vacinas tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola) e VOP, no dia 21 de agosto. Ele teve febre, dores musculares, mialgia, comprometimento e redução motora nos membros inferiores.
A Vigilância Epidemiológica municipal afirmou que, ao tomar conhecimento, realizou visita domiciliar e solicitou pesquisa de poliovírus nas fezes da criança.
No dia 16 de setembro, a coleta de fezes foi realizada e encaminhada ao Laboratório de Referência do Instituto Evandro Chagas. O resultado positivo saiu na última terça-feira, 4, para Sabin Like 3 (vírus da pólio), que é presente nas vacinas e nos laboratórios.
O Ministério da Saúde disse que enviou uma equipe ao estado do Pará nesta quinta-feira, 6, para investigar um caso de Paralisia Flácida Aguda.
A pasta reforçou que “pais e responsáveis vacinem suas crianças com todas as doses indicadas para manter o país protegido da poliomielite, doença erradicada no Brasil”.