Oito pessoas são encontradas mortas no Complexo do Salgueiro do Rio de Janeiro

Uma idosa foi baleada durante operação da Polícia Militar no local

11:44 | Nov. 22, 2021

Cadávares foram achados nesta segunda-feira, 21 (foto: Reprodução/TV Globo)

Na manhã desta segunda-feira, 22, foram encontradas oitos pessoas mortas no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro. No sábado, 20, durante uma ação de patrulhamento, o sargento da PM Leandro Rumbelsperger da Silva, de 40 anos, havia sido morto a tiros na comunidade. Os corpos estavam numa área de mangue e os próprios moradores fizeram remoção das vítimas.


A Polícia Militar do Rio de Janeiro informou que havia uma ocupação do 7º BPM na região. Moradores da comunidade relataram escutar disparos de arma de fogo durante todo fim de semana. No fim da manhã de domingo, enquanto a Polícia realizava uma operação no Complexo do Salgueiro, uma idosa foi baleada e deu entrada no Hospital Estadual Alberto Torres (HEAT), de São Gonçalo. As informações são da TV Globo.


“Nós tínhamos uma ocupação do 7º BPM motivada para estabilizar a região após denúncias de bandidos estarem fazendo o uso de escolas, inclusive, para o tráfico. Após a morte do sargento, o Bope foi para a região. Houve vários confrontos durante o final de semana na área do mangue. Tivemos a apreensão de vários materiais usados em combate. Deduzimos que houve inúmeros feridos entre policiais e traficantes”, relatou o porta-voz da PM a TV Globo.


Em nota, a Defensoria Pública do Rio de Janeiro confirmou que sua Ouvidoria Externa recebeu no domingo à noite, denúncias de violência por parte da operação no Complexo do Salgueiro. Ainda segundo o órgão, o Ministério Público foi informado das queixas e que iniciou as investigações com objetivo de interromper as violações.


De acordo com a Associação de Moradores do Complexo do Salgueiro foram identificados pelos populares sinais de tortura nos corpos das vítimas. A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio (OAB-RJ) repudiou a ação da Polícia Militar fluminense e disse que acompanhará as investigações.