Motoristas e entregadores de aplicativos serão MEI e governo quer cobrar contribuição

Governo propõe regulamentação similar ao microempreendedor digital (MEI) para prestadores de serviços de aplicativos: o microempreendedor digital (MED). A taxa mensal será de R$ 55; entenda

13:39 | Ago. 14, 2021

Vistoria em veículo da Uber em Fortaleza (foto: Fabio Lima)

Uma regulamentação de trabalho está sendo preparada para cerca de 2,5 milhões de trabalhadores que atuam prestando serviços de aplicativos como motoristas, entregadores e outras funções. A proposta se iguala a de um microempreendedor individual (MEI), que permite acesso a aposentadoria, pensão, auxílio doença e licença maternidade. A informação é do O Globo.

Porém, não haverá relação trabalhista e nem a garantia de direitos previstos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), como férias, 13º salário e descanso remunerado. O governo pretende nomear como “microempreendedor digital” ou MED, de acordo com o jornal.

Com a contribuição obrigatória de motoristas e entregadores de aplicativos, todos serão considerados “microempreendedores digitais (MED)”, e as plataformas ficam encarregadas de recolher a contribuição do governo, no valor de R$ 55 mensais, que serão descontados de forma automática a cada serviço concluído.

Atualmente nem todos os motoristas e entregadores fazem suas contribuições, e os que são registrados costumam atrasar o pagamento. De acordo com os dados do Ministério da Economia, 52% dos autônomos atrasam a contribuição de suas obrigações previdenciárias. Com a exigência proposta, o governo pretende diminuir a inadimplência.

Se o trabalhador não conseguir completar os R$ 55, existe a alternativa de gerar uma guia para recolher o que falta. No entanto, pelos cálculos do governo, os prestadores de serviço conseguirão atingir a meta em até 20 dias de serviço.