Padre é investigado por furto de arte sacra no Rio Grande do Norte

O homem, ligado a Diocese de Humaitá (AM), teve suas atividades sacramentais e administrativas suspensas por tempo indeterminado, enquanto as investigações estiverem em andamento

23:35 | Ago. 13, 2021

Material apreendido em capela em Currais Novos (foto: Foto: Reprodução/Vídeo)

Um padre é suspeito de roubar arte sacra e objetos esculpidos em materiais preciosos, como ouro e prata, da capela de onde é pároco, no distrito de Mina Brejuí, em Currais Novos, município do Rio Grande do Norte. Segundo a Polícia Civil de Natal, durante buscas realizadas em quatro residências do pároco - uma delas em Natal e as outras, em Currais Novos, além da capela, foi encontrado um vasto material.

“A capela não pertence a ele, mas foi construída por uma família responsável pela mineração. Esse padre, durante a pandemia, ia até essa capela sem ninguém. Algumas peças de outras igrejas foram encontradas escondidas na capela”, informa o delegado titular da Delegacia Municipal de Currais Novos, Paulo Ferreira.

Somente na capela, foi apreendido um saco lotado de materiais sacros. Durante as outras buscas, foram encontrados um crucifixo, um missal (livro usado para celebrar as missas) em latim e um ostensório (onde a hóstia é exposta durante a missa).

Em nota, a Polícia Civil do Rio Grande do Norte informou que um inquérito policial que apura a subtração de objetos sacros da Igreja Católica local tramita perante a Delegacia Municipal de Currais Novos. Diversas diligências referentes ao caso foram realizadas, inclusive com a recuperação de parte dos objetos. A investigação está sob sigilo e informações sobre autoria e outras circunstâncias do fato não poderão ser repassadas até a conclusão do procedimento policial, a fim de garantir o êxito dos trabalhos.

Segundo a assessoria da Diocese de Caicó (RN), o padre faz parte do clero da Diocese de Humaitá no Amazonas (AM). A instituição nortista disse que o padre teve suas atividades sacramentais e administrativas suspensas por tempo indeterminado, enquanto as investigações estiverem em andamento. "No intuito de evitar escândalo para a Igreja Particular de Humaitá, decreta-se a medida cautelar", informou a Diocese em Decreto de Proibição do Exercício do Ministério.

O documento, enviado ao O POVO, foi assinado pelo bispo diocesano Antônio Fontinele de Melo e o diácono João Silva do Nascimento, chanceler da Cúria Diocesana. (Colaboraram: Isabela Queiroz e Leonardo Maia)