Fiocruz monitora casos de síndrome respiratória aguda no Brasil

O Boletim da Fundação Oswaldo Cruz permite avaliar as tendências dos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em todos os estados

13:39 | Ago. 23, 2020

Curva de casos de síndrome respiratória aguda grave no Ceará (foto: Fiocruz)

Criado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Boletim InfoGripe registra a incidência da síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em todos os estados brasileiros. Com análise das tendências a curto e a longo prazo, o sistema permite avaliar a probabilidade da curva.

Os registros são feitos a partir de pessoas que apresentaram o seguinte quadro sintomático: febre; tosse ou dor de garganta; dispnéia ou saturação de oxigênio abaixo de 95% ou dificuldade respiratória.

Os pacientes identificados com Covid-19 não necessariamente constam no relatório. A situação acontece porque os doentes com coronavírus podem não apresentar temperatura corporal alta.

“O indicador de longo prazo permite avaliação de tendência, suavizando o efeito de eventuais oscilações entre semanas consecutivas. Algo natural em dados de notificação. Já o indicador de curto prazo permite identificar, de forma oportuna, possíveis alterações no comportamento de longo prazo, mas que necessitam interpretação cautelosa à luz de eventuais oscilações”, explica o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, em notícia divulgada pela Fiocruz na sexta-feira, 21.

Em uma análise geral, os números de pessoas com SRAG permanecem altos. Porém, a maioria dos estados tem uma tendência de estabilidade ou queda nas macrorregiões. Entre as ocorrências, 96,7% dos casos correspondem ao novo coronavírus. As informações são baseadas nos dados do Sistema de Informação de Vigilância da Gripe (Sivep-Gripe), que mostra o período de 9 a 15 de agosto.

O sistema está apresentado em forma de mapa. Nele, é possível clicar em cada estado para identificar a curva de incidência. No Ceará, por exemplo, os casos notificados, além dos estimados, abaixam.