Filha de Belchior confessa envolvimento em assassinato de homem suspeito de abuso sexual de crianças

Filha do cantor e compositor cearense Antônio Carlos Belchior, Isabela Menegheli Belchior, confessou nesta quinta-feira, 13, envolvimento na morte do metalúrgico Leizer Buchiwieser dos Santos, em agosto de 2019. Ela cumpre prisão preventiva na cidade de São Carlos (SP) junto com a namorada, Jaqueline Priscila Dornelas Chaves. O casal é acusado de cometer o crime de latrocínio, roubo seguido de morte, junto com outros dois homens. As informações são do portal de notícias G1. 

De acordo com a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de São Carlos, Leizer marcava programas sexuais com menores de idade pelas redes sociais. O homem costumava pedir o envolvimento de crianças oferecendo um pagamento maior. O criminoso teria marcado com Jaqueline um programa de R$ 500, no qual ela levaria a sobrinha de três anos.

O metalúrgico desapareceu em 26 de agosto de 2019, depois de sair para trabalhar. O carro que ele usava foi encontrado queimado em um canavial e o seu corpo foi achado por um morador da região, com as mãos e os pés amarrados.

Segundo pronunciamento do delegado titular da DIG, Gilberto Aquino, Jaqueline disse à mãe de sua sobrinha que iria comprar um lanche com a menina. Além disto, a suspeita teria informado ao irmão, pai da garota, sobre o encontro. De acordo com o delegado, Jaqueline convidou ainda a própria namorada, Isabela, e um outro irmão para ir ao local combinado para extorquir o metalúrgico.

“Sabiam que a vítima queria cometer um crime e extorquiram a vítima no local e se apropriaram do dinheiro", relatou o delegado Aquino.

Segundo o delegado, o pedófilo foi até uma casa, onde as duas mulheres e a criança o esperavam. Elas pegaram o dinheiro e começaram a xingá-lo, mas teria reagido e agrediu uma delas. Os outros homens entraram na briga e esfaquearam o metalúrgico. Após o crime, o grupo abandonou o corpo e o carro em áreas diferentes da C,idade.

Nesta quinta, Jaqueline e Isabela foram à DIG com advogadas de defesa. As advogadas disseram ao G1 que as clientes se entregaram espontaneamente com a intenção colaborar com a polícia. A defesa de Isabela alega que a criança não estava presente no momento do crime.

De acordo com a defesa de Jaqueline, a mulher de 31 anos fazia programas e conheceu Leizer em um site. No dia do assassinato, eles se encontraram em um posto de gasolina e a acusada dispensou o homem, o ofendendo com xingamentos no local. Após o fato, Jaqueline teria deixado a namorada em casa e levado sua sobrinha para passear. O pedófilo teria então, seguido Isabela e e invadido a casa onde estava, passando a agredi-la, a qual usou uma faca para se defender. Para a defesa, nenhuma quantia foi extorquida da vítima.