#PrayForAmazonas: Incêndios na Amazônia são assunto mais comentado do mundo no Twitter

Tempo seco e queimadas ilegais são causas principais dos incêndios. Onda de incêndio é a maior dos últimos cinco anos

13:48 | Ago. 21, 2019

Nas redes sociais, foram difundidas imagens impressionantes de São Paulo vivendo a tarde como se fosse noite. (foto: Reprodução/Twitter)

Com o aumento dos incêndios florestais na região da Amazônia, o assunto teve repercussões internacionais e nesta quarta-feira, 21, é o tópico mais discutido do mundo no Twitter. A hashtag #PrayForAmazonas já foi utilizada mais de 270 mil vezes na rede social. O Amazonas já registrou 5.305 focos de incêndio apenas em agosto, mas não é o único estado brasileiro afetado. Rondônia, Acre e Mato Grosso também estão em estado de alerta para incêndios. Países vizinhos, como Bolívia e Paraguai, perderam milhares de hectares de floresta com o fogo.

Após massas de ar transportarem as fumaças provenientes dos incêndios na América do Sul para São Paulo como um “rio”, o céu ficou escuro na tarde de segunda-feira, 19, na capital paulista. Partículas de fuligem também foram detectadas na água da chuva de cor escura em algumas regiões. Depois desses fenômenos, a pergunta “Por que a Amazônia está pegando fogo?” teve aumento de 2.400% nas buscas do Google das últimas 24 horas.

CLIMA | Veja na imagem via @SanGasso como a densa pluma de fumaça (em marrom) dos incêndios no Paraguai e Bolívia na tríplice fronteira com o Brasil avançou pelo interior paulista e nesta tarde alcançou a capital de São Paulo. pic.twitter.com/hEkIjUDRdF

— MetSul.com (@metsul) August 19, 2019

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o número de focos de incêndio no Brasil de janeiro a agosto de 2019 foi 82% maior do que o mesmo período de 2018. É a maior onda de queimadas dos últimos cinco anos no País. O cientista Mark Parrington, do observatório climático europeu Copernicus, divulgou em seu perfil do Twitter dados sobre a emissão de dióxido de carbono causada pelo fogo. Apenas em agosto, a quantidade de CO² produzida pelo Amazonas é a maior desde 2005.

Imagem obtida pelo observatório da Nasa, que identifica focos de incêndio no Amazonas, Pará, Mato Grosso e Rondônia (Foto: NASA Earth Observatory / AFP)

Apesar do tempo seco característico desta época do ano, especialistas afirmam que há outros fatores para o surgimento de tantos focos de incêndio. A ação de fazendeiros e grileiros que utilizaram as queimadas ilegais para desmatar pedaços de terra no Pará, no chamado “Dia do Fogo”, foi responsável por um aumento considerável no número de incêndios. A informação é do jornal Folha de S.Paulo.

RESPOSTA DO PRESIDENTE

Jair Bolsonaro alegou nesta quarta-feira, durante coletiva de imprensa, que organizações não governamentais estariam por trás dos incêndios florestais com o intuito de “chamar atenção”. O presidente não especificou o nome de nenhuma ONG ou deu detalhes para embasar a acusação.