Governo acaba com limites para uso de cereais na produção de cervejas

No entanto, a pasta diz que as atuais escrituras (54/2001), que estabelecem esses limites, continuam em vigor. Além disso, declara não existir interesse na diminuição da atual margem para o uso de adjuntos cervejeiros

19:46 | Jul. 09, 2019

Venda e consumo de bebidas aumentou na pandemia (foto: divulgação)

Uma alteração na legislação de 2009, por meio do Decreto nº 9.902, acabou com os limites de uso de milho e outros cereais nas cervejas fabricadas no Brasil. A mudança foi publicada na edição desta terça, 9, do Diário Oficial da União (DOU).

A medida tomada pelo governo federal retirou do texto original o limite de 45% no uso dos “adjuntos cervejeiros”, cereais como milho e arroz, que, pelo preço mais baixo, substituem a cevada malteada. Com isso, o Ministério da Agricultura fica responsável pela regulamentação por meio de instrução normativa.

Em nota, no entanto, a pasta diz que as atuais escrituras (54/2001), que estabelecem esses limites, continuam em vigor. Além disso, declara não existir interesse na diminuição da atual margem para o uso de adjuntos cervejeiros.

O regulamento de 2001 deve passar por alterações nos próximos dias. A área técnica do ministério afirma, no entanto, que apenas a classificação dos produtos será alterada, como os rótulos, e a mudança de padrões na produção da bebida.

Outra alteração do decreto diz que "parte do malte de cevada poderá ser substituído por adjuntos cervejeiros, cujo emprego não poderá ser superior a 45% em relação ao extrato primitivo".

Com a mudança, agora o texto diz apenas que "uma parte da cevada malteada ou do extrato de malte poderá ser substituída parcialmente por adjunto cervejeiro", e não menciona qualquer percentual ou limite. “Os adjuntos cervejeiros previstos no caput e qualquer outro ingrediente adicionado à cerveja integrarão a lista de ingredientes constante do rótulo do produto".