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Funcionários do McDonald's protestam por direitos trabalhistas

Sindicatos denunciam salários inferiores ao mínimo e não pagamentos de horas extras, dentre outras coisas. Empresa diz que cumpre a lei

10:01 | 15/04/2015
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Os trabalhadores de vários McDonald’s do mundo vão às ruas protestar contra a empresa, nesta quarta-feira, 15. No Brasil, integram a campanha os trabalhadores de São Paulo, Salvador, Goiânia e Brasília. Ato é para alertar a população sobre o “desrespeito recorrente e contínuo aos direitos trabalhistas” por parte da rede de fast food, segundo a organização.

Os sindicatos denunciam salários inferiores ao mínimo, horas extras não remuneradas, supressão dos intervalos para descanso, indícios de fraudes na folha e no registro de horas trabalhadas. "Precisamos mostrar para a sociedade que o McDonald's pode até oferecer um produto saboroso, mas explora muito seus trabalhadores", diz José Calixto Ramos, presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST).

O movimento a favor de melhores condições trabalhistas começou nos Estados Unidos em 2012 e, no Brasil, se chama #SemDireitosNãoéLegal. Organizado pela NCST, a campanha conta ainda com o apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade (Contratuh) e outros sindicatos locais de São Paulo, Paraná e Mato Grosso.

Em nota, o McDonald’s no Brasil disse respeitar qualquer manifestação sindical e afirmou que os 46 mil funcionários da empresa são representados por 80 sindicatos em todo o país. “Temos convicção do cumprimento da legislação”, declarou em comunicado oficial. A empresa se orgulha de ser a porta de entrada de milhares de jovens para o mercado de trabalho.” A empresa frisou ainda que os funcionários recebem “treinamento contínuo”, tanto para as funções operacionais, quanto para valores como “trabalho em equipe, comunicação, liderança e hospitalidade”.

A companhia informou ainda que a entidade que organiza as manifestações em São Paulo — Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de São Paulo (Sinthoresp) — não possui amparo legal para representar os trabalhadores do setor, em razão de decisões recentes no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Calixt, por outro lado, disse que os funcionários dos restaurantes estão vinculados à Contratuh, que é nacional.

Mundo
Segundo a campanha, a ação global deve contar com a participação de 60 mil pessoas no EUA, com greves e atos em mais de 200 cidades. No país de origem da campanha, os funcionários reivindicam ainda pagamento mínimo de US$ 15 por hora (#Fightfor$15). Na Europa, a principal reivindicação é a evasão de divisas da corporação por meio de paraísos fiscais.

Redação O POVO Online
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