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Gays e negros não se ofendiam antigamente, diz Renato Aragão

Para ele, "todas as classes sociais ganharam a sua área, a sua praia, e a gente tem que respeitar isso". Sobre as críticas como Trapalhão, ele disse não se incomodar

10:18 | 06/01/2015
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O ator Renato Aragão afirmou que o humor politicamente incorreto vive uma perseguição, pois antigamente gays e negros sabiam que as piadas eram 'brincadeira'. "Naquela época, essas classes dos feios, dos negros e dos homossexuais, elas não se ofendiam. Elas sabiam que não era pra atingir, para sacanear", disse.

Em entrevista à revista Playboy, que chega às bancas nesta terça-feira, 6, o eterno personagem Didi defendeu que as brincadeiras da fase de Os Trapalhões (1966 - 1995) eram coisa de criança, de circo. "A gente fazia como uma brincadeira, era brincadeira de circo entre mim e o Mussum. Como se fôssemos duas crianças em casa brincando. A intenção não era ofender ninguém", comentou.

Para ele, "todas as classes sociais ganharam a sua área, a sua praia, e a gente tem que respeitar isso". Apesar das polêmicas, ele disse não se incomodar com as críticas recebidas como Trapalhão. "Eu nunca liguei para isso, nem vou ligar. Tinha gente que criticava meus filmes sem assistir! Mas, quanto mais eles me malhavam, mas crescia o bolo, mais dava bilheteria", frisou.

Com contrato renovado até 2017, o ator comemora 55 anos como Didi e completa 80 anos neste ano. A emissora em que trabalha também é defendida por ele, que se incomoda quando falam mal da Globo. "O programa explode e é: 'Ah, por que a Globo, em vez de fazer aquele programa, não doa o dinheiro para o povo?' É cruel isso. Eu não admito que falem mal [da Globo]", cita.

“Os pseudocineastas ficavam umas araras porque os filmes deles não encostavam [nos filmes dos Trapalhões]. Chegava um nordestino com um rolo compressor e passava por cima", completou.

Redação O POVO Online
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