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Prostitutas querem barrar uso de imagens em nova campanha do Ministério da Saúde

21:33 | 11/06/2013
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As prostitutas que participaram de campanha do Ministério da Saúde que trazia a frase "eu sou feliz sendo prostituta" vão notificar a pasta para vetar o uso de suas imagens, informou o jornal Folha de São Paulo.

As notificações serão enviadas individualmente. Parte veta o uso das imagens que estão no ar, enquanto outras, que já foram excluídas pelo ministério, proíbem que as imagens sejam reutilizadas.

Uma das mulheres que aparece na imagem da frase polêmica, Nilce Machado, disse que se sentiu "lesada e usada". "Saí da minha casa em Porto Alegre a convite do Ministério da Saúde, passei quatro dias em João Pessoa para discutir a campanha e ele [ministro Alexandre Padilha] não tem conhecimento do que passou no gabinete dele?", afirmou.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, o ministério declarou que ainda não recebeu as notificações e por isso não se manifestaria. Quando a campanha foi lançada, o ministro Alexandre Padilha criticou a peça com "eu sou feliz sendo prostituta" e mandou alterar o conteúdo.

Na campanha modificada pelo Ministério da Saúde, a peça polêmica foi retirada e a ação ganhou outro nome, passando de "Sem vergonha de usar camisinha" para"Prostituta que se cuida usa sempre camisinha".

Na notificação, as prostitutas afirmam que a mudança "rompe frontalmente" com a proposta inicial". "A minha participação estava condicionada à proposta original, na qual se privilegiava o enfrentamento do estigma e preconceitos como estratégia de prevenção às DST e Aids", diz a notificação.

Dirceu Greco, então diretor do departamento de DST, Aids e hepatites virais do ministério defendeu que a mensagem tinha conteúdo de saúde, por trabalhar a redução do preconceito. Greco foi demitido após a polêmica.

Redação O POVO Online

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