Grito dos Excluídos 2019 traz críticas ao Governo e às desigualdades

Com o lema "Este sistema não Vale", manifestantes caminham na avenida Dioguinho, na Praia do Futuro, em protesto aos retrocessos sociais

12:16 | Set. 07, 2019

Grito dos excluídos (foto: Júlio Caesar/O POVO)

A luta pela moradia digna, contra os desastres ambientais, contra os cortes na educação, a privatização, reformas e aos retrocessos sociais. Estas foram algumas das bandeiras levantadas no 25º Grito dos Excluídos, na manhã deste sábado, dia 7, em Fortaleza.

A concentração começou por volta das 8 horas em frente à Escola Frei Tito de Alencar, na Av. Dioguinho, 5927, na Praia do Futuro. E de lá segue pela avenida com destino na avenida até a praça Dom Helder Câmara.

Ao longo do trajeto, os manifestantes realizam três paradas, enfatizando os três "Ts" destacados nos discursos do Papa Francisco: Terra, Teto e Trabalho. O lema deste ano é o “Este sistema não Vale!”.

Grito dos excluídos (Foto: Júlio Caesar/O POVO)

“Nós queremos chamar atenção principalmente das autoridades para a falta de saneamento básico, segurança pública, a falta de saúde, educação que tanto está afetando nossos jovens. Este sistema econômico que está imposto para nós não vale. Está acabando com nossas florestas, rios, casas e direitos. Estamos vivendo uma série de retrocessos sociais”, afirmou o coordenador de articulação das pastorais sociais da Arquidiocese, Ítalo Morais.

Durante a manifestação, vários estudantes, contrariando ao apelo feito pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, para que usassem verde e amarelo neste 7 de setembro, usaram preto.

A estudante Carla Azevedo, 18 anos, é uma delas. Pelo terceiro ano seguido, prefere acompanhar o Grito dos Excluídos aos desfiles militares. “Não podemos ficar de braços cruzados a tudo que está acontecendo. Estão tirando nossos direitos, acabando com nossas universidades”.

Centrais sindicais e lideranças de movimentos sociais também participam da caminhada.”A gente está na ruas contra contra a violência, em busca dos direitos, mais moradia, menos ódio”, defendeu Elizabeth Vieira, dos Movimentos Populares do Jangurussu-Palmeira.