PUBLICIDADE
NOTÍCIA

Ceará possui maior média de IDH Municipal do Nordeste

No indicador de educação (IDHM-E), o Estado é também o único do Nordeste presente na faixa de alto desenvolvimento humano

14:38 | 18/04/2019
Região Metropolitana de Fortaleza segue como terceira mais desenvolvida no IDHM do Nordeste, atrás de Salvador e João Pessoa (Foto: Aurélio Alves/O POVO)
Região Metropolitana de Fortaleza segue como terceira mais desenvolvida no IDHM do Nordeste, atrás de Salvador e João Pessoa (Foto: Aurélio Alves/O POVO)(Foto: AURELIO ALVES/O POVO)

O Ceará apresentou melhor média do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) na região Nordeste, passando de 0,726 registrado em 2016 para 0,735 em 2017. O Estado também é o único da região presente no indicador de educação na faixa de alto desenvolvimento humano, indo de 0,667 em 2012 para 0,717 em 2017.

Os dados divulgados na última terça-feira, 16, são dos valores do Radar IDHM que foram calculados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), tendo por base dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Conforme o estudo, o Ceará teve o melhor resultado em relação aos demais estados do Nordeste de 2016 para 2017, mesmo registrando um pequeno crescimento de 0,009. No ranking nacional está no 15º lugar. Paraíba (0,709 para 0,722), Bahia (0,709 para 0,714), Sergipe (0,700 para 0,702), Piauí (0,690 para 0,697) e Maranhão (0,682 para 0,687) apresentaram também um leve aumento na evolução do IDHM.

Já Rio Grande do Norte (0,736 para 0,731) e Pernambuco (0,730 para 0,727) registraram uma leve oscilação na evolução do índice. O estado de Alagoas foi o único que manteve o mesmo resultado nos dois anos pesquisados (0,683).

No indicador de longevidade, o Ceará passou de 0,799 em 2012 para 0,818 em 2017, sendo o segundo melhor índice do Nordeste, perdendo apenas para Pernambuco, de 0,786 para 0,821 no mesmo período citado. No ranking geral, o Estado ficou na 16º posição.

No IDHM em relação à renda, todos os estados que estão localizados nas regiões Norte e Nordeste apresentaram os menores valores e estão agrupados na faixa do médio desenvolvimento humano, com exceção de Roraima que está na categoria de alto desenvolvimento. O Ceará teve um leve avanço no índice, passando de 0,667 em 2012 para 0,677 em 2017. Está na 22° posição no ranking nacional e é o quarto pior em comparação com os demais estados nordestinos.

Educação

No indicador no qual se refere à educação (IDHM-E), o Ceará é o único da região Nordeste presente na faixa de alto desenvolvimento humano.

Os outros 14 estados nessa categoria são: Amapá, Amazonas, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Tocantins, além do Distrito Federal.

Os demais estados nordestinos se encontram na parte de médio desenvolvimento humano, ao lado do Acre e Pará, da região Norte.

Regiões Metropolitanas

A Região Metropolitana de Fortaleza foi de 0,757 para 0,767, sendo o terceiro melhor índice em relação às demais regiões concentradas no Nordeste, ficando atrás somente de Salvador (0,772 para 0,775) e João Pessoa (0,755 para 0,776).

Conforme o estudo, de 2016 a 2017, o IDHM apresentou tendência de avanço em 11 RMs analisadas e na Região Integrada de Desenvolvimento (RIDE) da Grande Teresina.

As maiores tendências no Nordeste foram na RM de João Pessoa (0,021) e na RIDE Grande Teresina (0,018). Já na RM Natal houve redução no índice entre os dois anos analisados (-0,017).

Desigualdade por cor de pele e sexo

O Ceará apresentou uma das maiores diferenças registradas nos valores do IDHM entre brancos e negros (0,066) do País. Na categoria de Longevidade, os cearenses brancos encontram-se na faixa de muito alto desenvolvimento. No indicador renda, os cearenses negros apresentam o pior resultado com 0,647.

Confira o infográfico:

Made with Flourish

Na análise dos resultados para os grupos de homens e mulheres, todos os estados das regiões Norte e Nordeste, com exceção de Rondônia, possuem valores melhores para elas do que para eles. O contrário acontece no Centro-Oeste, Sudeste e Sul.

Porém nos indicadores de Educação e Longevidade, as mulheres cearenses superam os homens, mas perdem na categoria de renda.

Confira o infográfico:

Made with Flourish

Âmbito Nacional

Entre 2016 e 2017 o IDHM do Brasil apresentou um leve aumento, de 0,776 para 0,778, mesmo com a diminuição da renda per capita no biênio, no qual obteve uma queda de 0,92% no valor, que passou de R$ 842,04 para R$ 834,31. Com o decréscimo, houve retração do componente de renda do Índice – de 0,748 para 0,747.

Mas o impacto foi compensado pelas outras duas dimensões do índice. O crescimento da expectativa de vida, de 75,72 anos para 75,99, alavancou o IDHM Longevidade, que subiu de 0,845 para 0,850.

O estudo do IDHM indica o grau de desenvolvimento do país a partir do nível de educação, renda e expectativa de vida. 

David Moura especial para O POVO