Começam a ser especulados nomes para a presidência do Banco do Nordeste (BNB), instituição financeira federal sediada em Fortaleza. O nome deve ser definido ainda em janeiro.

 

Fonte próxima ao Governo Federal afirmou ao O POVO que, entre o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), três nomes teriam força para o posto: o atual presidente da instituição, Romildo Rolim, o economista e ex-presidente do banco, Marcos Holanda, e o vice-presidente de Investimentos e Controladoria do Grupo M. Dias Branco, Geraldo Luciano.

 

Abordados sobre a questão, Holanda e Luciano negam que tenha havido qualquer convite. Luciano limitou-se a afirmar que não "pensei nada sobre isso". Holanda elogiou a equipe econômica de Bolsonaro como de "primeira qualidade". "Participar desta equipe que está aí seria muito interessante. Não me lembro de equipe econômica tão competente como a que está aí", argumentou.

 

Além destes nomes, é ventilado ainda o nome de Igor Lucena. Liberal egresso da Escola de Chicago, assim como o ministro da Economia, Paulo Guedes, ele participou da transição, comparecendo a reuniões. Ex-vice-prefeito de Fortaleza, Gaudêncio Lucena, pai de Igor, afirma que a afinidade entre os dois, por enquanto, é o que há de concreto.

 

Ele atribui a especulação ao fato de Igor ter participado dos encontros e o currículo dele "estar lá", em Brasília. Para além do filho, Gaudêncio disse ter escutado rumores no Ceará e em Brasília sobre a possibilidade dos nomes de Holanda, apontado por ele como "bom nome, um liberal", e Rolim. Acrescentou ainda à lista o atual diretor de Controle e Risco do banco, Nicola Miccione.

 

Funcionário de carreira no BNB, Miccione é advogado formado pela Universidade Federal do Ceará (UFC), além de mestre em Direito Empresarial pelo Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec-RJ).

 

Segundo Gaudêncio, têm força na decisão do novo presidente os aliados de Bolsonaro no Estado: o presidente do PSL cearense, o deputado federal Heitor Freire, e o secretário-geral local da sigla, Aldairton Carvalho.

 

Carvalho não confirma nenhum nome. Diz que o critério será técnico e que o assunto, por ora, não é objeto de debate, já que o Ceará vive onda de ataques terroristas. Ele atribui a Freire a condução destes diálogos, mas, mesmo assim, estima que definição de um nome - ou algo próximo a isso - se dará em "no máximo 20 dias".

 

Freire foi procurado pela reportagem via assessoria de comunicação e pelo próprio celular. A assessoria disse não ter tido retorno dele, que estaria de férias. Ao atender o telefonema da reportagem, que se identificou, ele disse estar ocupado e logo desligou.

 

GERALDO LUCIANO é o vice-presidente de Investimentos e Controladoria do Grupo M. Dias Branco

 

MARCOS COSTA HOLANDA já presidiu o BNB

 

NICOLA MICCIONE é diretor de Controle de Risco do BNB

 

ROMILDO ROLIM é o atual presidente do BNB