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O prefeito do município de Pedra Branca, Antônio Gois (PRP), agentes públicos e empresários foram presos preventivamente na manhã de ontem. Operação deflagrada pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) e a Polícia Civil no Município, distante 268 km de Fortaleza, investiga contratos financeiros, firmados entre 2009 e 2013, com a empresa Garra Construções. O montante dos contratos é de R$ 5.411.133,15 Ao todo, nove pessoas foram presas, além do prefeito.

 

De acordo com a investigação, o prefeito era o principal beneficiado do desvio de verbas. O empresário Paulo Franklin de Aragão Rodrigues, proprietário das empresas Garra Construções e Esquadra Construções, também teve a prisão temporária decretada e é apontado como operador do esquema.

 

Além do gestor municipal e do empresário, conforme a investigação, teriam se beneficiado das irregularidades o então secretário da Juventude, Cultura e Turismo e filho do prefeito, Lucas Pereira Mendes; o ex-secretário do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, Francisco Pontes Pereira; o proprietário de uma pequena mercearia na cidade, Francisco Wiron Holanda Cavalcante; o então servidor da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, subordinado diretamente a Francisco Pontes Pereira, Paulo José Martins de Lima.

 

Também teria recebido dinheiro desviado o ex-assessor de Relações Públicas junto ao gabinete do prefeito, Edmilson Mendes Viana; a assessora do prefeito, Antônia Selma Bezerra da Silva; o secretário da Seduma, Marcílio Alcântara da Silva; e José Sérgio Azevedo Castelo, que tinha cargo comissionado.

 

De acordo com a investigação, a empresa Garra recebeu, entre 2007 e 2018, a quantia de R$ 58.310.113,49 de diversos municípios do Ceará. Até novembro de 2011, mesmo faturando R$ 14.124.079,26 até 2010, a empresa não possuía registro de trabalhadores no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), nem possuía veículo automotor.

 

O investigado Paulo Franklin Aragão Rodrigues constituiu, em 6 de novembro de 2013, a empresa Esquadra Construções Eireli, que faturou de 2014 a 2018 R$ 82.609.611,18 de municípios do Ceará. O afastamento do sigilo bancário mostrou que, tão logo recebia pagamentos da Prefeitura, a empresa efetuava repasses de valores a agentes públicos, incluindo o prefeito de Pedra Branca, que voltou a ocupar o cargo agora.