Mais "camilista", novo secretariado toma posse para segundo mandato
Perfilado para a foto oficial da posse no Palácio da Abolição, o novo secretariado do governador Camilo Santana (PT) tinha um jeitão mais "camilista". Do primeiro para o segundo mandato, a cota pessoal do governador aumentou. O time formado para o novo governo mostra isso.
Ontem, 20 dos 21 nomes convidados pelo petista assinaram sua titulação - apenas a chefe da Controladoria-Geral de Disciplina dos Órgãos da Segurança Pública, Cândida Bezerra, não foi empossada.
Além dos secretários, assumiu também o assessor especial de Relações Institucionais, Nelson Martins (PT), que terá status de secretário. A função, segundo Martins, será a mesma que desempenhava no mandato anterior. "O que eu fazia na Casa Civil, vou continuar fazendo como assessor: um trabalho puramente político, de articulação", disse.
Assim como Relações Institucionais, outras duas assessorias estão abrigadas na nova Casa Civil, comandada por Élcio Batista: Comunicação, com Chagas Vieira, e Relações Internacionais, à frente da qual está César Ribeiro.
Desse grupo de 21 secretários, o governador manteve nomes de sua confiança em postos-chave, como Maia Jr. na superpasta do Desenvolvimento Econômico e André Costa na Segurança. Mas o petista também avançou em áreas antes ocupadas por pessoas ligadas aos Ferreira Gomes.
É o caso da Secretaria da Fazenda, que passou de Mauro Filho, deputado federal eleito pelo PDT e agora secretário do Planejamento, para as mãos de Fernanda Pacobahyba, uma auditora fiscal de carreira.
Outro exemplo da digital mais visível do governador no segundo mandato é o médico Carlos Roberto Martins, o Cabeto, designado para a pasta da Saúde. Também tucano como Maia Jr., ele é opção direta do chefe do Executivo, que já o havia sondado antes.
Questionado ontem sobre as prioridades para os trabalhos na Saúde, o secretário recém-empossado afirmou que o seu "maior desafio é mudar a metodologia de gestão, redefinindo a secretaria em termos de metodologia de trabalho nas áreas prioritárias".
Artur Bruno (PT), Francisco de Assis Diniz (PT) e Inácio Arruda (PCdoB), mantidos no Meio Ambiente, Desenvolvimento Agrário e Ciência e Tecnologia, respectivamente, são parte da cota do governador, que também garantiu a continuidade de Fabiano Piúba no comando da Cultura e a de Socorro França, mas na nova Secretaria da Proteção Social, Justiça, Mulheres e Direitos Humanos.
O grupo de Cid Gomes (PDT), no entanto, preserva espaços generosos no governo, com o controle de Cidades, Planejamento e Infraestrutura, com Lúcio Ferreira Gomes - um dos irmãos do senador eleito.
20
dos 21 secretários já foram empossados por Camilo Santana
Secretariado do novo governo de Camilo Santana
Casa Civil: Élcio Batista
Articulação política: Nelson Martins (com status de secretário, mas vinculado à Casa Civil)
Comunicação: Chagas Vieira (com status de secretário, mas vinculado à Casa Civil)
Procuradoria-Geral do Estado: Juvêncio Vasconcelos Viana
Controladoria e Ouvidoria Geral do Estado: Aloísio Carvalho
Secretaria da Fazenda: Fernanda Pacobahyba
Secretaria do Planejamento e Gestão: Mauro Filho
Secretaria da Educação: Eliana Estrela
Secretaria da Proteção Social, Justiça e Direitos Humanos: Socorro França
Secretaria da Saúde: Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho, o Cabeto
Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social: André Costa
Secretaria da Administração Penitenciária: Luís Mauro de Albuquerque
Secretaria da Cultura: Fabiano Piúba
Secretaria do Esporte e Juventude: Rogério Pinheiro
Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior: Inácio Arruda
Secretaria do Turismo: Arialdo Pinho
Secretaria do Desenvolvimento Agrário: Diassis Diniz
Secretaria dos Recursos Hídricos: Francisco Teixeira
Secretaria da Infraestrutura: Lúcio Ferreira Gomes
Secretaria das Cidades: Zezinho Albuquerque
Secretaria do Desenvolvimento Econômico: Maia Júnior
Secretaria do Meio Ambiente: Artur Bruno
Controladoria-Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário: Cândida Bezerra
Henrique Araújo