Indefinição sobre aliança com Eunício "trava" chapas da base
A indefinição sobre uma aliança eleitoral entre Camilo Santana (PT) e Eunício Oliveira (MDB) para as eleições deste ano é hoje principal fator que “trava” formações das chapas majoritárias e proporcionais da base aliada no Ceará.
Como ainda não se sabe se a recente reaproximação entre o governador e o presidente do Senado irá se reproduzir em uma aliança nas urnas, segue dada como certas apenas as candidaturas de Camilo Santana (PT) à reeleição e de Cid Gomes (PDT) ao Senado.
Nos bastidores, o que se comenta é que o próprio Camilo vem facilitando a aproximação com o emedebista. A aliança, no entanto, vem sendo vetada pelo pré-candidato à Presidência do PDT, Ciro Gomes. Em jogo, além das rusgas da disputa acirrada entre o grupo Ferreira Gomes e Eunício em 2014, interesse do deputado federal André Figueiredo (PDT) em também sair candidato ao Senado Federal. Nos últimos dias, o parlamentar tem descartado tese de compor a chapa como candidato à vice-governador de Camilo.
Uma aliança com Eunício também geraria problemas nas disputas proporcionais pelo Interior. Nas eleições de 2014 e 2016, a polarização entre PT e MDB no Estado ampliou rivalidades locais que dificilmente irão se recompor por intervenção de Eunício ou Camilo.
Em entrevista ao O POVO, interlocutores próximos de Eunício diz que o senador fixou o mês de maio como “limite” para a definição ou não de uma aliança. Retornando de viagem oficial ao Japão na próxima quarta-feira, o senador deverá participar de eventos com Camilo no Interior.
CENTRO-DIREITA E O LULISMO
No 17º Fórum Empresarial do Lide, grupo do ex-prefeito João Doria, realizado neste fim de semana em Recife, diversas lideranças de centro-direita se queixaram da dificuldade em encontrar aliados dispostos a enfrentar o "lulismo" no Nordeste.