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Imóveis teriam sido usados para lavar dinheiro

2018-04-28 01:30:00


Conforme a reportagem publicada pela Folha de de S.Paulo ontem, Marcela Temer e o filho Michel seriam donos de alguns dos imóveis supostamente usados para esconder patrimônio obtido ilegalmente. Os dados referem-se às investigações sobre um suposto recebimento de propina para a assinatura de decreto para o setor portuário.

 

O inquérito investiga se o presidente Michel Temer (MDB) recebeu, por intermédio de seu amigo, o coronel João Baptista de Lima Filho, pelo menos R$ 2 milhões de propina em 2014. O coronel chegou a ser preso, em março, na Operação Skala. A PF intimou a filha do presidente, Maristela Temer, a depor.

 

O advogado Fernando Castelo Branco disse ontem que Maristela está disposta a prestar "todos os esclarecimentos" à Polícia Federal. Ela deverá depor no próximo dia 2, em São Paulo ou em Brasília — local ainda a ser definido.

 

"Maristela vive uma situação angustiante", protesta Castelo Branco. "Ela não se opõe a depor, de forma alguma, por isso nesse momento em que a autoridade policial manifestou interesse de ouvi-la é um alívio para ela", argumentou.

 

A PF quer ouvir Maristela especificamente sobre uma reforma em sua residência, em São Paulo. A suspeita é que a obra, em torno de R$ 1 milhão, teria sido bancada com propina supostamente recebida pelo coronel Lima da JBS.

 

Temer criticou energicamente Adotou discurso mais duro contra os responsáveis pela investigação policial. "Vejo uma coisa curiosa, quando a minha defesa pede acesso aos autos do inquérito, a resposta é sempre que as diligências estão sendo feitas e que é sigiloso. Como é que a imprensa consegue essas informações? Eu duvido que a imprensa vá de madrugada, sorrateiramente, ter acesso a esses dados. Alguém vaza esses dados e a imprensa legitimamente acaba por divulgá-los. É uma perseguição criminosa disfarçada de investigação, o que passou a ser comum desde o primeiro momento", afirmou.

com Agência Estado

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