PUBLICIDADE
VERSÃO IMPRESSA

Temer tenta evitar rebelião na base

2017-09-22 01:30:00
NULL
NULL

Após o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acusar o PMDB e o governo de dar uma "facada nas costas" do DEM, o presidente Michel Temer assumiu ontem mesmo a articulação para tentar contornar a insatisfação na base.


Horas depois de chegar de Nova York, onde participou da Assembleia-Geral da ONU, Temer reuniu auxiliares e disse que marcaria uma conversa com Maia para resolver o problema e conter a rebelião.


As declarações do presidente da Câmara foram feitas no momento em que Temer precisa de apoio parlamentar para barrar a segunda denúncia contra ele no plenário.


O desabafo de Maia foi feito após o assédio do PMDB a parlamentares do PSB que estavam prestes a ingressar no DEM. O partido de Temer conseguiu, recentemente, filiar o senador Fernando Bezerra Coelho (ex-PSB). Pelo menos outros seis deputados do PSB, que estavam em negociação para migrar para o DEM, foram procurados pela cúpula peemedebista, enfurecendo Maia


O Planalto, porém, viu nas declarações raivosas do presidente da Câmara algo muito além do simples desabafo. Nos últimos dias, Maia tem feito movimentos em direção aos dissidentes do PMDB e à esquerda.


Na quarta-feira, 20, ele jantou na casa da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), que foi suspensa das funções partidárias após entrar em confronto com a cúpula peemedebista.


"Sobraram ali críticas à condução política do governo", afirmou o deputado Orlando Silva (PC do B-SP), um dos presentes. O jantar reuniu, ainda, os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Eduardo Braga (PMDB-AM), ambos críticos do governo.

 

Adriano Nogueira

TAGS