O placar da votação na Câmara mostra que o presidente Michel Temer contou com o apoio decisivo do Centrão, grupo formado, entre outros, por PP, PSD, PR e PTB. Os partidos foram os primeiros a demonstrar apoio ao presidente e agora estão de olho nos cargos do PSDB, especialmente o Ministério das Cidades.

Como o Supremo Tribunal Federal não recebeu o aval da Câmara para julgar a denúncia encaminhada pela Procuradoria-Geral da República, caberá agora ao ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte, definir os próximos passos do inquérito em que Temer é acusado de corrupção passiva com base na delação dos empresários e irmãos Joesley e Wesley Batista, do Grupo J&F.

Desde que o caso chegou à Câmara, no dia 29 de junho, Temer intensificou a articulação política e a liberação de emendas parlamentares para conseguir um placar mais folgado e demonstrar força política visando a votação das reformas. No caso da Previdência, por se tratar da uma emenda à Constituição, a proposta precisa de no mínimo 308 votos favoráveis. (Agência Estado)